Constança Cunha e Sá considera que o discurso de Sampaio da Nóvoa na apresentação oficial da sua candidatura às presidenciais foi “de rutura”. Uma rutura em relação à forma como Cavaco Silva exerceu os seus dois mandatos e em relação à austeridade.
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“Foi um discurso de rutura em relação à forma como Cavaco Silva exerceu os seus dois mandatos e de rutura em relação a austeridade. Temos um candidato que tem uma postura mais interventiva.”
“Ele critica a austeridade de uma forma muito violenta. E diz que é essencialmente um projeto de mudança. Diz que não se vai esconder. Fala da emigração dos jovens, fala do retrocesso do conhecimento e da ciência.”
“É um discurso que, de certa forma, tem todas as condições para ser apoiado por toda a esquerda.”
“Um candidato deste tipo pode ajudar a mobilizar. O facto de não ter tido um cargo político torna a sua candidatura imprevisível. Mas pode abrir caminhos à esquerda e abrir um caminho mais mobilizador, em relação às pessoas que se sentem descontentes com a maioria e com a oposição.”
“Tudo depende da forma como vai correr a campanha de Sampaio da Nóvoa. No geral, tem sido visto como uma menos valia, mas não sei se essas pessoas [que o criticaram, dentro do PS] vão tornar a critica-lo perante as propostas concretas de Sampaio da Nóvoa. É muito difícil encontrar um candidato no PS que seja melhor que Sampaio da Nóvoa.”
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