O primeiro-ministro admite que o Estado não tem condições financeiras para manter os Estaleiros de Viana e confirma que a via encontrada para salvaguardar a empresa é a sua reprivatização. As empresas Douro Azul e Martifer já garantiram que estão fora da corrida.
O Governo vai lançar, dentro de 45 dias - mês e meio - um concurso público internacional para a reprivatização a 100% dos Estaleiros de Viana.
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«Tive ocasião aqui há dias de dar conta que o Governo, através do ministro da Defesa, tem vindo a preparar com muita atenção o futuro dos Estaleiros, Trata-se, como referiu agora, de uma instalação muito importante», começou por dizer aos jornalistas, em Viseu.
«O Estado não tem tido condições, do ponto de vista financeiro, para poder manter os Estaleiros e estamos a encontrar um mecanismo que nos permita a injeção de capital».
Assim, «salvaguardar o maior número de postos de trabalho possível, salvaguardar a empresa e a sua possibilidade de vir a acrescentar valor para o futuro do país é aquilo que nos interessa nesta altura e temos uma forte expetativa de que isso seja possível através de um processo de privatização».
O ministro da Defesa, Aguiar Branco, explicou depois que «o trabalho quanto ao modelo de privatização será feito com a Empordef e com a Parpública» e confirmou que «está prevista a privatização total do capital dos Estaleiros».
Aguiar Branco disse que «durante este período de tempo estivemos a trabalhar no sentido de auscultar o mercado no sentido de perceber que havia realmente potenciais candidatos à privatização. Não quisemos lançar falsas ilusões até agora».
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Depois de ter a certeza de que as candidaturas à privatização são «sérias» é que o Governo decidiu ir com o processo avante.
Aguiar Branco referiu ainda que a «Empordef está a estudar as condições em que o financiamento» dos Estaleiros pode ocorrer até à privatização.
O autarca de Viana do Castelo vai reunir-se com o ministro da Defesa esta terça-feira para conhecer o modelo de privatização.
Em reação, há quem diga que a privatização é um «crime», enquanto outros defendem que será a «solução para o futuro».
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