A economia portuguesa deverá sofrer uma quebra no PIB de 1,7 por cento em 2011, com uma descida prevista de 0,4 por cento no segundo trimestre face aos primeiros três meses, segundo dados divulgados esta quarta-feira pela Universidade Católica.
Os números apresentados na Folha Trimestral do Núcleo de Estudos de Conjuntura da Universidade Católica (NECEP) representam uma revisão em baixa de 0,6 pontos percentuais para o ano corrente relativamente àquilo que foi exposto em Abril, devido às «restrições impostas pelo programa de ajuda financeira externa, que deverão tornar o ajustamento orçamental mais efectivo do que no passado recente».
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A descida de 0,4% em relação ao primeiro trimestre de 2011 é inferior à quebra homóloga, que se fixou em 1,3% negativos, segundo as estimativas do NECEP citadas pela Lusa, e deve-se «ao comportamento negativo do consumo privado, em linha com o aumento das restrições ao crédito e com a evolução desfavorável do rendimento disponível das famílias».
Também o investimento terá sido «prejudicado pela quebra da procura interna e pelas dificuldades de financiamento que afectam a economia portuguesa», apesar de um comportamento que deverá ter sido positivo por parte do sector das exportações.
Para 2012, «o NECEP prevê uma nova quebra da economia, desta feita de 1,5 por cento», valor também revisto em baixa em comparação com aquilo que foi dito em Abril.
O NECEP realça, porém, que estima que o panorama venha a ser mais positivo do que o previsto pelo Fundo Monetário Internacional, por acreditar que a evolução da conjuntura externa «continua a ser favorável».
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