O presidente do Governo Regional da Madeira não ficou surpreendido com o voto favorável dos três deputados do PS-M ao Orçamento de Estado por achar que os socialistas são «lacaios» de Lisboa.
Contrariando as decisões do presidente do PS-M, João Carlos Gouveia, que determinou a abstenção, os três deputados madeirenses na Assembleia da República acabaram por votar favoravelmente o OE para 2008.
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A posição de força do líder do PS-M face ao Governo da República é, para Jardim, «uma farsa» porque as reivindicações do PS-M «não eram no interesse do povo madeirense, mas no sentido de aumentar o poder repressivo da República sobre a Região».
«Não viram o PS-M pedir que fossem reforçados os quantitativos para a Madeira e reformulados os critérios da Lei das Finanças Regionais», adiantou.
«O que o PS pediu, também de uma forma fascista, foi - prosseguiu - que se reforçasse as polícias, tribunais e mais não sei o quê, portanto, tudo o que fosse aparelho repressivo do Estado», com o argumento de que é preciso reforçar o Estado porque «Alberto João Jardim e o seu Governo estão a levar a Madeira para o separatismo, o que é ridículo».
Sobre o Orçamento de Estado para 2008 que, segundo o secretário regional do Plano e Finanças, faz um corte de cerca de 100 milhões de euros à Madeira, Jardim considerou ser «danoso para a Região Autónoma e, sobretudo, imoral pela discriminação que faz em relação aos Açores e a outras zonas do país».
Referiu que o Governo da República quer impingir a sua vontade e não respeita os resultados das eleições legislativas regionais antecipadas de 06 de Maio em que o PSD-M garantiu uma nova maioria absoluta. «Estamos com um Governo que sofre de défice democrático», concluiu.
Ainda relativamente ao Orçamento Regional para 2008, Alberto João Jardim disse que o Governo Regional está a ponderar se deve ou não existir uma redução nos impostos, no IRS e no IRC.
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