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Costa: "Não há compromisso ou outro sinónimo"

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Líder do PS está irredutível quanto a um eventual entendimento com o Governo de Passos Coelho para a sustentabilidade da Segurança Social

Confrontado pelos jornalistas com o , Maria Luís Albuquerque, para que haja um compromisso entre PS e Governo para a sustentabilidade da Segurança Social, António Costa respondeu: António Costa traçou depois um cenário de inconciliação entre PS e Governo em relação às vias a adotar para o sistema de Segurança Social: "O que a ministra das Finanças propõe é cortar pensões aos pensionistas e aquilo que o PS propõe é diversificar as fontes de financiamento para reforçar o sistema de Segurança Social. Já dissemos categoricamente que não cortaremos as pensões atuais e garantiremos o reforço da capacidade de financiamento da Segurança Social. Os portugueses têm a felicidade de escolher dois caminhos alternativos bastante claros", concluiu o líder socialista.

Não há palavra no dicionário da língua portuguesa que permita ao PS conseguir alguma vez estar em sintonia com o Governo e a maioria PSD/CDS-PP. É o que diz António Costa, sem meias palavras, mostrando-se esta quarta-feira irredutível, endurecendo mais o discurso:

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"Não haverá qualquer tipo de compromisso, convergência ou conciliação, qualquer sinónimo que seja encontrável no dicionário da língua portuguesa para nós compartilharmos a continuidade da política da coligação de direita"

repto da ministra de Estado e das Finanças

"Quantas vezes ao dia temos de dizer que não faremos nenhum consenso com o atual Governo e com as suas políticas. E não vale a pena insistirem nessa pergunta, porque nos perguntam isso três vezes ao dia e nós respondemos a sempre mesma coisa". Lá está: que não haverá entendimento possível. 

António Costa fez estas afirmações depois de ter estado reunido com o dirigente social-democrata germânico e ministro dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, nos jardins do Goethe Institut, em Lisboa - encontro que durou cerca de hora e meia.

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A ministra das Finanças, que no último fim de semana admitiu mais cortes nas pensões, hoje, no Parlamento, clarificou o que quis dizer: "O Governo, na minha pessoa, não disse que tem de haver cortes nas pensões. Temos um problema de sustentabilidade na Segurança Social e é já um avanço o PS reconhecê-lo".

Num debate de atualidade política requerido pelo PS para debater esta questão, Maria Luís Albuquerque fez contas e acusou o Partido Socialista de querer manter a incerteza sobre o sistema de pensões até às eleições e de ameaçar abrir um buraco financeiro de 12,4 mil milhões de euros. 

A governante irritou ainda muitos deputados socialistas, quando acusou o PS de ter o "hábito" de prometer uma coisa antes das eleições e depois fazer outra: "O PS o que pretende é manter a incerteza sobre a sustentabilidade do sistema de Segurança Social até depois das eleições legislativas. Aliás, esta é uma estratégia a que já estamos habituados, que é a de prometer umas coisas e depois logo se vê". 

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António Costa também teceu críticas diretamente à ministra das Finanças, dizendo que Maria Luís faz uma "confusão entre aquilo que chama de sustentabilidade da Segurança Social e a sustentabilidade das famílias portuguesas".

"Aquilo que a ministra apresenta é uma vez mais um novo corte no rendimento das famílias, prolongando os cortes aos funcionários públicos até ao final da próxima legislatura [2019] e sobrecarregando os portugueses com a manutenção da sobretaxa de IRS. E propõe agora um novo corte de 600 milhões de euros para os pensionistas. Isto significa sacrificar ainda mais os rendimentos dos portugueses"

No debate parlamentar, o PS, pela voz de Vieira da Silva, já tinha acusado o Governo de se manter  "fiel" à austeridade iniciada pelo ex-ministro das Finanças Vítor Gaspar.  

Ainda a propósito da Segurança Social, o PCP apresentou hoje um projeto para aumentar as receitas da Segurança Social, através dos  lucros das grandes empresas

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