António Costa considera que o Partido Socialista tem de manter o «sentido de Estado» e a «cultura de responsabilidade», mesmo estando na oposição, porque «as crises não se vencem com demagogia».
«O PS está na oposição, mas não é um partido de oposição. Sabemos bem aquilo que só agora a direita aprendeu: que as crises não se vencem por demagogia. Não há milagres. Governar é muito exigente e difícil. Não o esquecemos», afirmou.
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O presidente da Câmara Municipal de Lisboa avisou António José Seguro que «o PS é o mesmo», pelo que exige «seriedade», em vez da «resistência», da «crítica fácil» ou do «bota-abaixismo».
«O PS deve afirmar todos os dias os seus valores, a sua alternativa, com a responsabilidade, determinação e ânimo reformista que têm de ser as suas marcas para enfrentar a crise», reforçou.
Costa, que é o número dois da lista de Francisco Assis à Comissão Nacional, revelou as suas propostas para «rota» do partido.
Considera que o acordo assinado com a troika tem um «conjunto de equilíbrios» assegurado, sem que seja necessário ir mais além. Pretende que o património e o rendimento obtido com aplicações financeiras sejam tributados. Quer cortar na despesa da Saúde e da Educação, mas «sem afectar a sua qualidade». Deseja que prossiga o investimento na «qualificação dos recursos humanos e no desenvolvimento da ciência e da tecnologia». E não quer ver aumentado o IVA em «sectores estratégicos» como o turismo ou a indústria agro-alimentar.
«Comprometer o crescimento económico é comprometer a consolidação das contas públicas», concluiu.
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