O Bloco de Esquerda (BE) justificou esta quinta-feira a sua moção de censura do Governo com a «quebra da palavra» do primeiro-ministro quanto ao referendo do tratado europeu, garantindo que esta crítica traduz «um sentimento nacional», noticia a Lusa.
«A quebra da palavra do Governo, do primeiro-ministro é um assunto que merece a censura e a crítica», afirmou o líder parlamentar do BE, Luís Fazenda, numa conferência de imprensa para apresentar a moção de censura, agendada para a próxima quarta-feira, 16 de Janeiro.
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O incumprimento de promessas do primeiro-ministro e líder do PS, afirmou, começa a ser «um problema na vida política nacional», lembrando que José Sócrates não cumpriu outras promessas, como a de não aumentar os impostos.
Luís Fazenda relativizou o facto de a moção de censura ter «chumbo» garantido, face à maioria absoluta do PS, ou de quais as bancadas que votarão ao lado do Bloco. «Não distinguimos entre bancadas. Entendemos é que o Governo deve ser censurado», disse.
A moção de censura do Bloco de Esquerda é a primeira que José Sócrates enfrenta desde que chegou ao Governo em 2005.
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