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Miguel Portas admite voto aos 16 anos

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Cabeça-de-lista do BE falou aos alunos da Escola Profissional de Salvaterra de Magos

Miguel Portas admitiu, esta terça-feira, a possibilidade dos jovens poderem votar a partir dos 16 anos. «Eu também entrei na clandestinidade no PCP aos 15 anos», contou aos alunos da Escola Profissional de Salvaterra de Magos.

«O voto em Portugal não é obrigatório e aos 16 anos não só já se pode trabalhar, como se pagam impostos desde que se trabalhe e inclusivamente se pode ser criminalmente imputado. Todos os elementos que definem as responsabilidades de um adulto estão já presentes no nosso quadro legal aos 16 anos, só falta um, que é o voto», disse aos jornalistas.

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Para o cabeça-de-lista do BE, esta proposta «até poderia aumentar a abstenção, porque é pouco provável que um jovem de 16 anos vá votar com a mesma intensidade de um adulto»: «Mas era uma forma de alargar o interesse pela cidadania activa e pelos assuntos que dizem respeito a todos. Era uma forma de aumentar a responsabilidade dos jovens.»

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O problema, segundo Miguel Portas, reside no facto dos «governos da Europa acharem que mesmo aos 35 ou aos 50 anos as pessoas não são capazes de discutir o futuro da Europa» e, numa alusão ao Tratado de Lisboa, «não ouvirem a população em referendo, mesmo quando o prometem».

Durante a palestra, o bloquista partiu da crise para voltar a incidir sobre a precariedade, «a palavra que diz mais respeito aos jovens». «Vocês andam de estágio em estágio, depois talvez a recibos verdes, que no fim do prazo não são renovados, não encontram novo emprego nem têm tempo suficiente para obter o subsídio de desemprego», explicou, especificando que «acabar com os recibos verdes é uma questão de vontade política».

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Miguel Portas apelou ainda ao voto: «É sempre melhor votar do que não votar. A política pode ser uma coisa chata, mas não se desinteressem por ela, porque eu garanto-vos que ela se vai sempre interessar pela vossa algibeira. E no dia 7 de Junho, o voto do pobre valerá o mesmo que o voto do rico, e isto não acontece todos os dias.»

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A educação foi outro dos temas em debate, sendo que o candidato às europeias sublinhou que «um dos atrasos mais profundos do país é o do abandono escolar e o facto de Portugal nunca ter verdadeiramente investido naquilo que é o seu maior recurso, que é a massa cinzenta».

«Não faz nenhum sentido escolas privadas terem recursos europeus para melhoramento e uma escola profissional como esta não o poder fazer», criticou ainda.

No final, Miguel Portas provou doces tradicionais de Salvaterra de Magos confeccionados pelos alunos da Escola Profissional local:

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