O director da Ilga Portugal afirmou, esta sexta-feira, que a parentalidade na união de pessoas do mesmo sexo é «separada» da conjugalidade. Paulo Corte Real «preferia que a adopção fosse aprovada», mas realça que «casamento não implica parentalidade», noticia a Lusa.
Frente à Assembleia da República, onde cerca de 15 pessoas ligadas à associação se começaram a juntar pelas 08:30, para poderem entrar e assistir juntos ao debate sobre o casamento homossexual, Paulo Corte Real salientou que a aprovação do diploma do Governo é um «passo fundamental» para a «igualdade na conjugalidade» entre pessoas do mesmo sexo.
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Esquerda pede adopção, Direita quer referendo
A esquerda parlamentar aprova, esta sexta-feira, o diploma do Governo para permitir o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo e «chumbará» a proposta de referendo, contida na petição subscrita por mais de 90 mil cidadãos.
«É a primeira vez que há este igual reconhecimento da conjugalidade», realçou Paulo Corte Real, o que significa que a «dignidade» da união entre pessoas do mesmo sexo é «reconhecida pelo Estado», acrescentou.
«Um marco histórico», tendo em conta que até 1982, o «Estado português criminalizava a união entre pessoas do mesmo sexo», lembrou.
Sócrates pede aprovação do casamento gay
Para depois da votação está previsto um «brinde/protesto», que será dinamizado pelos dois casais que há pouco mais de um ano encenaram um casamento junto à Assembleia da República.
A acção contará com o apoio e a presença de «um conjunto de activistas de diversas organizações e cidadãos e cidadãs, incluindo o casal de mulheres que foi o rosto da luta pelo direito ao casamento, Teresa Pires e Helena Paixão».
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