Tem sido uma das imagens de marca desta campanha eleitoral. Onde quer que vá, Paulo Portas gosta de ter um chapéu na cabeça. Alguns compra, outros dão-lhe, e o líder do CDS nunca diz que não a um bom boné. Nem a um mau.
Só no dia 22 de Maio, dia do arranque oficial da campanha, foram três bonés em poucas horas. O primeiro, preto, tradicional e emprestado por uma criança do Rancho Foclórico de Gondoriz, ficou apenas alguns segundos na cabeça de Portas, porque o menino não achou muita piada.
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Logo a seguir, bem equipado com um chapéu bege do Parque Nacional Peneda-Gerês, plantou uma árvore, embora o resto da indumentária não tenha sido o mais apropriado.
À tarde, em Ponte Lima, o chapéu de palha das Feiras Novas esteve mais tempo a servir de leque, tal era o calor numa tarde domingueira no Norte do país. Mas a verdade é que deu muito jeito para esconder uma cara algo atrapalhada com um protesto inesperado.
Seguiram-se uns dias de cabeça livre nesta campanha, até que, na passada quinta-feira, Portas foi aos Açores e não resistiu a um bom boné azul, da cor do mar.
«Trago sempre no chapéu aquilo que quero destacar. Estou nos Açores, que dá grandeza estratégica a Portugal», justificou.
Já no sábado, enquanto passeava por Alcobaça, lembrou-se que tinha de ir «cumprir uma promessa» e lá foi comprar mais um boné. O tamanho, 59/60, é de quem tem «uma cabeça inteligente», explicou a vendedora, que até já sabia que o líder democrata-cristão queria um «de xadrez».
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«Deve comprar-se português, porque ajuda a economia e dá emprego. Estou aqui para ajudar o negócio», sublinhou.
A prova demorou, até que a cabeça-de-lista do distrito de Leiria, Assunção Cristas lá deu a sua opinião: «Prefiro esse». «E eu vou pela Assunção», escolheu Portas.
Já no domingo, em Buarcos, Figueira da Foz, a descontraída sardinhada convidava a mais um acessório original. De chapéu de palha, Portas conquistou a D. Celeste, que até já o quer para seu marido.
Mas foi em Aveiro que o líder do CDS mais brilhou. Chegou no seu carro de luxo com vidros fumados e com o chapéu de Buarcos na cabeça. Uns minutos depois, os militantes da cidade ofereceram-lhe um boné amarelo do partido, que mais parecia vindo de uma Volta a Portugal em ciclismo.
Apesar da gente que o rodeava, era fácil encontrar Portas com aquela cor. Até que o democrata-cristão entrou em mais uma loja para comprar um novo boné, desta vez bege, com «Aveiro Portugal» escrito.
«No final, vou fazer uma exposição de chapéus», brincou. E já lá vão oito. O treinador do Paços de Ferreira que se cuide.
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