Já estão em Portugal dois homens sírios que se encontravam detidos no centro de detenção norte-americano de Guantánamo, Cuba. De acordo com o Ministério da Administração Interna (MAI), citado pela agência Lusa, os dois homens são agora «pessoas livres» e não pende sobre eles qualquer acusação.
«Tais cidadãos, que manifestaram interesse em ser acolhidos por Portugal, não são objecto de qualquer acusação, são pessoas livres e estão a viver em residências cedidas pelo Estado, que está a desenvolver as diligências tendentes à sua integração na sociedade portuguesa», aponta o Ministério.
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«A decisão de acolhimento teve por base informações colhidas junto das autoridades norte-americanas e foi precedida de reuniões entre um elemento do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e os representantes legais dos ex-detidos e da avaliação da sua capacidade de integração», é referido. O Ministério aponta que os dois cidadãos estrangeiros beneficiam de um visto especial, atribuído por razões humanitárias.
«Este regime apenas vincula o Estado português», salienta o Governo português, anotando que caso pretendam sair de Portugal para outro estado-membro da UE os dois sírios terão de obter vistos junto desses países.
«Por razões de segurança e preservação da privacidade desses cidadãos, não serão fornecidas informações sobre identidade, residência e outros dados que lhes digam respeito», aponta o Governo português, explicando que o acolhimento destes dois homens surgiu «na sequência de pedido expresso das autoridades norte-americanas».
«Recorda-se que o Governo português manifestou, desde a primeira hora, disponibilidade para ajudar o presidente Barack Obama e a administração norte-americana a encontrar soluções de acolhimento para as pessoas que estiveram detidas em Guantánamo», afirma o MAI.
Última actualização 22:57
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