O Presidente da República, Cavaco Silva, confirmou por decreto presidencial esta quarta-feira publicado no Diário da República a promoção ao posto de Vice-Almirante do Contra-Almirante José Manuel Penteado e Silva Carreira.
Noutros decretos presidenciais são confirmados no posto de Contra Almirante os Capitães de Mar e Guerra José Domingos Pereira da Cunha e Álvaro José da Cunha Lopes, efectuadas por deliberação do Conselho de Chefes de Estado-Maior e aprovadas por despacho do Ministro da Defesa Nacional.
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As nomeações agora confirmadas juntam-se a uma extensa lista de promoções de 25 outros Almirantes (oficiais Generais) e de administração e engenharia promovidos nos últimos dois anos na Marinha.
Documentos apócrifos que circulam na Armada denunciam a situação, afirmando jocosamente que «há mais Almirantes do que navios» na Marinha Portuguesa, enquanto «muitos dos restantes militares chegam a ficar 20 anos no mesmo posto».
As associações militares consideram que os aumentos salariais dos militares são inferiores à inflação e que nos últimos sete anos perderam dez por cento do vencimento real, para além de se verificar a continuação do congelamento da progressão da carreira retributiva com o estatuto da «Condição Militar» praticamente destruido.
«Quando não se vê por parte de quem de direito dar solução aos problemas e os que sofrem as suas consequências decidem denunciá-los e realizar iniciativas a dar visibiliade ao descontentamento existente, vem logo o chavão que tais acçôes põem em causa a disciplina e coesão das Forças Armadas», afirmam as associações, sublinhando: «Mas, como estamos convictos da nossa razão e não desistimos nem cruzamos os braços, surgem os castigos e as ameaças de não promoção».
As associações de militares afirmam que se «promovem os escalões superiores apenas para que estes defendam a referida coesão e a disciplina militar».
«Só nesta semana, no exército foram promovidos mais 55 Majores a Tenente-Coronel e não há noticia de promoção de um único sargento», acusam.
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