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«Irrealismo do Governo»

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A CGTP afirmou esta terça-feira que, mais uma vez, as previsões do Governo para a taxa de inflação estavam erradas e defendeu «mais verdade» nas estimativas.

«Mais uma vez as previsões do Governo estavam erradas», disse Amável Alves, da CGTP, à agência Lusa, acrescentando que uma inflação mais alta do que o previsto tem consequências, principalmente, para os trabalhadores.

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A taxa de inflação média situou-se em 2,5 por cento em 2007, acima da previsão de 2,3 por cento do Governo para o conjunto do ano, segundo os dados do INE, divulgados.

«A negociação colectiva, no sector privado, e as negociações na Função Pública debruçaram-se sobre uma previsão errada», disse Amável Alves, sublinhando que a diferença entre a inflação verificada e a prevista pelo Governo «é um problema que acontece todos os anos».

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Além da taxa de inflação e do seu reflexo nas negociações salariais, Amável Alves alertou ainda para o aumento dos preços dos produtos de primeira necessidade, acima da inflação.

«Grande parte dos produtos de primeira necessidade tem aumentado de forma superior ao índice médio de inflação», sublinhou o dirigente sindical.

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«A contenção salarial e, simultaneamente, o aumento do custo de vida traduz-se num agravamento das condições de vida» da população mais desfavorecida, adiantou Amável Alves.

A taxa de inflação de 2007, ficou, no entanto, seis décimas de ponto percentual abaixo da verificada em 2006, quando foi de 3,1 por cento, segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).

Previsões que «perturbam»

A UGT considerou que a taxa de inflação em 2007, que se situou nos 2,5 por cento, confirma o irrealismo das previsões do Governo e volta a comprometer a evolução do poder de compra dos portugueses.

«A previsão do Governo tem sido, nos últimos anos, um elemento de forte perturbação da política económica. Mas tem sido sobretudo um elemento de desestabilização da política de rendimentos e da negociação colectiva, com impactos negativos sobre o crescimento real dos salários, pensões e demais rendimentos», refere a UGT em comunicado.

Segundo a central sindical, os desvios entre a inflação prevista e a inflação verificada repetem-se desde 1998, ou seja, há 10 anos consecutivos e totalizam já 7,1 pontos percentuais.

A taxa de inflação esperada continua a ser o principal referencial para a actualização dos salários e da generalidade dos rendimentos, pelo que a UGT considera «totalmente inaceitável para o futuro» a persistência destes desvios da inflação.

A UGT defende assim que «é fundamental que a estimativa da inflação se transforme num referencial realista e credível para a política de rendimentos e para a negociação salarial».

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