O secretário de Estado da Educação considerou hoje «ridícula, embora legítima» a exigência do CDS-PP da demissão da ministra Maria de Lurdes Rodrigues devido ao alegado recuo no Estatuto do Aluno, noticia a Lusa.
Em declarações à Agência Lusa, Valter Lemos afirmou que não houve desautorização da ministra no debate em especialidade da lei, dado que a proposta a ser aprovada pela Assembleia da República «é igual ou muito próxima do texto aprovado há três ou quatro meses».
PUB
O secretário de Estado, que recusa a ideia de recuo nas propostas apresentadas quarta-feira pela bancada do PS na comissão parlamentar de Educação, afirma não compreender «o raciocínio» do líder do CDS-PP, Paulo Portas.
«Só faria sentido [o pedido de demissão] se a Assembleia da República aprovasse um texto [para o Estatuto do Aluno] completamente diferente do que a ministra tinha proposto, o que não é o caso», disse Valter Lemos.
Para Paulo Portas, a ministra teve um comportamento «irresponsável» e foi «desautorizada» pelos deputados da maioria socialista. «Não se pode tratar da mesma forma um aluno que falta porque vai ao funeral de um familiar e um aluno que falta para ficar no café a fumar um cigarro», acrescentou hoje Portas, em conferência de imprensa.
PUB