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«Miguel Relvas foi vítima de uma coisa muito portuguesa»

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José Miguel Júdice considera que não houve nada de ilegal na licenciatura, mas admite que esta é «um bocadinho ridícula»

O antigo Bastonário da Ordem dos Advogados, José Miguel Júdice, disse esta quarta-feira em Moçambique que a polémica sobre a licenciatura do ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, não é suficiente para forçar a sua demissão.

Admitindo serem legítimas as críticas às circunstâncias em que Miguel Relvas obteve o seu grau de licenciatura, José Miguel Júdice disse, contudo, e em resposta a uma pergunta da agência Lusa, que o caso não configura «aparentemente» uma ilegalidade.

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«O ministro Miguel Relvas foi vítima de uma coisa muito portuguesa: toda a gente tem que ser doutor. Noutros países mais civilizados do que Portugal ninguém se preocupa muito em ser doutor. A mania de ser doutor é que dá isto. Se não houvesse esta mania de ser doutor, ele não teria feito aquela solução que aparentemente é legal, mas que é um bocadinho ridícula», disse.

Para José Miguel Júdice, a controvérsia sobre a licenciatura do ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares de Portugal não é razão bastante para Miguel Relvas abandonar o Governo.

«Nunca seria por um tema destes que ele deixaria de ser ministro. Fala-se muito no [Miguel] Relvas, mas faz parte da maledicência portuguesa, as pessoas criticam, eu estou de acordo, mas não é realmente suficiente», sublinhou o antigo Bastonário da Ordem dos Advogados.

José Miguel Júdice, que foi presidente da comissão política distrital de Lisboa do PSD, partido do qual se desfiliou em 2006, encontra-se em Moçambique para participar na conferência «Os Desafios da Arbitragem em Moçambique», promovida pelo escritório de advogados Gabinete Legal Moçambique, associado ao escritório português PLMJ, de que é um dos sócios.

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