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«Passos Coelho vai ser primeiro-ministro, só não sabe é quando»

Mota Amaral defende que o PSD deve estar «preparado para, na altura própria, haver eleições»

O antigo presidente da Assembleia da República Mota Amaral não tem dúvidas que Pedro Passos Coelho será primeiro-ministro e defende que o PSD deve estar «preparado para, na altura própria, haver eleições». Em entrevista ao «Diário de Notícias» (DN) e à TSF, Mota Amaral constata que «a possibilidade de esta legislatura não chegar ao fim existe».

«Julgo que ele [Passos Coelho] poderá dizer, como disse Durão Barroso, que tem a certeza que vai ser primeiro-ministro, não sabe é quando. Mas, de repente, pode acontecer até que seja mais breve do que se julga», disse.

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Apesar de «alguns momentos menos felizes, nomeadamente a forma como foi apresentada a proposta de Revisão Constitucional», Mota Amaral considera que Passos Coelho tem «conduzido bem» o partido e «criou óptimas expectativas».

A entrevista foi realizada ainda antes de ser conhecido o acordo entre o PSD e o Governo para a viabilização do Orçamento do Estado para 2011. Nessa altura, Mota Amaral mostrou-se confiante na viabilização e sublinhou mesmo ser esse o seu desejo, «através da abstenção do maior partido da Oposição» e defendeu que o Governo deve levar as suas responsabilidades «até ao fim».

Se eventualmente o Governo se demitir, «o Presidente da República não devia aceitar esse pedido de demissão. Isso não é assim, não é o Governo que toma por sua iniciativa o desejo de sair e sai. «Isso tem de ser passado pelo crivo do Presidente da República e, se eu fosse o Presidente da República, não daria a demissão!», disse.

Na mesma entrevista, Mota Amaral falou da Comissão de Inquérito ao caso TVI e considerou que o grupo «fez um bom trabalho, dentro das condições possíveis e no quadro das competências que cabem às comissões de inquérito». «Não foi um relatório concludente no sentido de se poder dizer expressamente que o Governo tinha tido uma intervenção determinada, mas não deixou de sublinhar que havia sinais muito seguros que teria havido contactos nesse domínio», acrescentou.

Mota Amaral confirmou ser «membro da Opus Dei há 50 anos». «Sou um membro igual a qualquer outro, não tenho qualquer responsabilidade especial, até pelas limitações que derivam do exercício empenhado de actividades no exterior», explicou.

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