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«Quem não quer um governo de direita, deve votar no PS»

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António Costa apela à mobilização da esquerda para a vitória socialista

A mobilização do voto na esquerda é a única forma de impedir a vitória da direita nas eleições legislativas, defendeu este domingo o candidato socialista à Câmara de Lisboa, António Costa.

O autarca protagonizou uma das intervenções mais aplaudidas da convenção nacional do PS, a decorrer em Lisboa, e afirmou que, ao contrário da direita, onde o PSD e CDS-PP estão dispostos a unirem-se, o PCP e Bloco de Esquerda recusam-se a trabalhar com os socialistas e têm como único objectivo impedir que o PS governe, refere a Lusa.

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«As condições de governabilidade à direita e à esquerda não são iguais. A direita pode-se dividir em dois partidos, mas nós sabemos que, quer um, quer outro, mesmo que estejam divididos nas urnas, estão dispostos a unirem-se a seguir para governar Portugal ( . . .). Mas à esquerda é muito diferente, porque nós sabemos que quando o voto da esquerda se divide nas eleições não se une a seguir», disse.

Explicando o seu raciocínio, António Costa sustentou que, para quem deseja um governo à direita, «faz sentido» votar CDS, o que já não acontece à esquerda com PCP e Bloco de Esquerda.

«O que acontece à nossa esquerda é completamente diferente do que acontece à direita: reparem no que é que dizem o PCP e o BE. O que eles dizem é simples: «não queremos nenhum acordo com o PS, nem pré-eleitoral, nem pós-eleitoral, nós não queremos ajudar o PS a governar, nós não queremos governar sequer com o PS. O que nós queremos é que o PS não governe», afirmou.

Afirmando que «só há dois tipos de governo» que podem resultar das eleições legislativas de 27 de Setembro, «um governo do PS ou um governo da direita», sendo que este último «pode ser só do PSD ou, pior ainda, do PSD com o PP», António Costa defendeu que «é por isso muito claro que quem não quer um governo de direita só tem uma opção na actual conjuntura político-partidária: votar PS e dar condições ao PS para o PS poder governar».

Justificando a sua participação na convenção, António Costa falou em «sentido de dever» para com o país, «camaradagem» e «amizade», recorrendo à segunda motivação para criticar quem não participa activamente nas «batalhas» do partido.

«Estou aqui porque não seria capaz de estar noutro lugar nem sentado em casa a ver os meus camaradas lutarem», disse, sob uma chuva de aplausos.

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