O ex-presidente do PSD Luís Marques Mendes considerou esta quinta-feira que neste momento as pessoas não vêem o seu partido como alternativa ao Governo do PS, numa entrevista em que recusou fazer comentários sobre a liderança de Manuela Ferreira Leite, noticia a Lusa.
«Qualquer cidadão faz uma constatação de que as pessoas não vêem neste momento o PSD como um partido de alternativa. Não é uma crítica, é uma constatação», declarou Marques Mendes, entrevistado na RTP-N a propósito do aniversário da morte de Francisco Sá Carneiro.
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Marques Mendes acrescentou que tem «a esperança de que o PSD seja capaz no futuro, no próximo ano, de ser uma alternativa».
«O que eu espero e desejo é que, pegando nos ideais da fundação do Partido, de Sá Carneiro, nessa coragem do reformismo, na sua visão estratégica, que possamos actualizar tudo isso para os dias de hoje e ser protagonistas dessa alternativa de esperança», expressou o ex-presidente do PSD.
«Não sou comentador»
Questionado sobre a actual situação do PSD, Marques Mendes recusou dar a sua opinião: «Não sou comentador. Seria uma deselegância, além do mais, um ex-líder como eu estar aqui a fazer comentários ou análises relativamente à liderança que está em vigor, não quero nem vou fazê-lo». «Neste momento, estou fora da vida política activa», sublinhou.
No entanto, o ex-ministro dos Assuntos Parlamentares deixou entender que o PSD ainda precisa de construir um projecto político, argumentando que é com «um discurso de ideias diferentes e de ruptura» que se conquista a confiança das pessoas.
«Não apenas para ganhar eleições mas para saber qual é o projecto que a seguir às eleições se quer aplicar. De outra forma, as pessoas não acreditam», defendeu.
«Temos que ter sempre esta capacidade de ter esperança, de não nos acomodarmos, de actualizarmos os valores de sempre à luz dos desafios de hoje. Isto é uma tarefa de todos: daqueles que são militantes sem responsabilidades dirigentes e é depois uma responsabilidade maior dos dirigentes. Eu sou um optimista e portanto confio sempre no futuro», disse Marques Mendes.
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