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Entrevista de Sócrates: as reacções da oposição

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O vice-presidente do PSD José Pedro Aguiar-Branco considerou que o primeiro-ministro perdeu uma oportunidade de «falar a verdade ao país» e acusou José Sócrates de «arrogância», «incapacidade» e «insensibilidade social».

«Arrogância, porque persistiu na afronta ao presidente da República, numa altura em que o país enfrenta uma grave crise económica, contra a qual é fundamental a solidariedade institucional», afirmou. José Aguiar-Branco acrescentou que a «incapacidade» do Primeiro-Ministro foi demonstrada na forma como este reconheceu que o Orçamento de Estado foi «irrealista» e com «falta de rigor».

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A «insensibilidade social» de José Sócrates deve-se, segundo o deputado social-democrata, ao facto do primeiro-ministro ter preferido «ignorar aquilo que são as medidas necessárias a aplicar às Pequenas e Médias Empresas (PME), persistindo na defesa dos grandes investimentos públicos e a protecção das grandes empresas».

O porta-voz do PS escusou-se a comentar a entrevista do primeiro-ministro na SIC, sustentando que as afirmações de José Sócrates «valem por si» e não precisam de «comentários suplementares». «O que disse o primeiro-ministro vale por si, não necessita de comentários suplementares», respondeu à Agência Lusa o porta-voz do PS, Vitalino Canas, quando instado a reagir à entrevista de José Sócrates no canal televisivo.

O PCP considerou que o primeiro-ministro procurou «branquear as suas responsabilidades numa situação económica e social gravíssima» em entrevista à SIC, acrescentando que este «não merece nem uma maioria relativa» nas próximas eleições legislativas.

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«É indispensável uma ruptura com esta política de direita e é indispensável construir neste país uma alternativa à esquerda a estas políticas», afirmou à Agência Lusa Carlos Gonçalves, da Comissão Politica do PCP.

«O primeiro-ministro e o Governo são responsáveis por algumas das políticas mais à direita que foram prosseguidas neste país desde o 25 de Abril», disse Carlos Gonçalves, acrescentado que «são responsáveis por um agravamento da situação dos trabalhadores e das populações que tem naturalmente de ser castigada».

O membro da Comissão Executiva do CDS-PP Pedro Mota Soares considera que o primeiro-ministro «não oferece segurança aos portugueses» perante a «crise económica profunda» que o país atravessa.

«O primeiro-ministro anunciou que, infelizmente, a economia portuguesa vai entrar em recessão, o que é a prova que o plano anti-crise proposto pelo Governo não é suficiente para ultrapassar as dificuldades», disse. E não é suficiente porque, adiantou, «faltam medidas, nomeadamente aquela de que José Sócrates mais foge: a baixa de impostos»

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O Bloco de Esquerda considerou que José Sócrates «deu muitas razoes e muitos argumentos aos portugueses para não renovarem a maioria absoluta do partido socialista nas próximas eleições legislativas» na entrevista concedida à SIC.

Em declarações à Agência Lusa, o deputado do Bloco de Esquerda (BE) João Semedo, afirmou que a entrevista mostrou um «primeiro-ministro atrapalhado, com dificuldades em explicar as suas orientações politicas, as suas decisões e sobretudo os resultado da política do seu Governo».

«O primeiro-ministro mais uma vez procurou iludir os portugueses. A crise económica do país é antiga, prolonga-se há oito anos e naturalmente que a crise internacional apenas acrescentou mais dificuldades e agravou a crise que o país já vivia, que este Governo não conseguiu superar ou ultrapassar», afirmou.

Para o BE, José Sócrates «não conseguiu explicar as razões que levaram o Governo a desviar dinheiro públicos, dos contribuintes para fazer face ás dificuldades de uma banco privado (em referência ao BPN) e de banqueiros em falência e a pedir socorro».

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