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O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, afirmou hoje que a situação da Grécia revelou a "verdadeira face da União Europeia” (UE), a qual, acusou, quer "vergar e humilhar" o povo grego.
"O problema de fundo é que um povo que tem sido profundamente fustigado pelas políticas de sacrifício e cortes (nas pensões, nos salários e nos direitos) conheceu a verdadeira face da UE, essa UE que dizem ser de coesão económica e social, mas que procura fundamentalmente vergar um povo, humilhá-lo", afirmou.
Em declarações às jornalistas e também durante a intervenção dirigida aos presentes, o líder do PCP reafirmou que a questão da Grécia está a ficar marcada por "um processo de chantagem e humilhação", que não respeita a soberania do povo grego.
"Hoje o que verificamos é que esta UE está determinada a servir os interesses do grande capital económico e financeiro, que é dirigido por um diretório de potências que quer obrigar povos e países a vergarem, a abdicarem da sua independência, a abdicarem da sua soberania, a comerem e a calarem, a humilharem-se, a ajoelharem: este é o sentido daquilo que está a passar na Grécia", reiterou.
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Sem querer fazer juízos de valor sobre o governo Grego, o secretário-geral comunista acrescentou ainda que se deve "solidariedade" ao povo grego.
Ressalvando as diferenças em relação a Portugal, também voltou a defender a necessidade de que Portugal se prepara para uma eventual saída do euro e sublinhou que não entende a recusa relativa à proposta do PCP para que se estude esse cenário.
Vão “rebobinar” promessas por cumprir na campanha"No momento do balanço, vamos assistir outra vez a um rebobinar do filme, como vimos há quatro anos, das promessas por parte do PSD, do CDS, mas também por parte do PS; promessas que nunca foram cumpridas. Vamos assistir outra vez ao mesmo filme", disse.
"Mesmo sem ter eleitos por este distrito, o Grupo Parlamentar do PCP trabalhou mais do que muitos deputados eleitos aqui no distrito", fundamentou, ao mesmo tempo que se mostrou confiante num bom resultado eleitoral.
"Estamos confiantes porque estivemos sempre do lado certo, porque quando outros desistiram nós estivemos na frente da luta", referiu, assegurando que este "é o momento de viragem".
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O secretário-geral comunista disse ainda que estes partidos querem "manter tudo na mesma", opinião que fundamentou com a análise feita às propostas apresentadas até agora.
Segundo o responsável, é possível verificar que PSD e CDS querem "manter a política de sacrifícios" e que "no essencial o PS acompanha a direita nas questões de fundo".
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