Jerónimo de Sousa, líder do PCP e candidato da CDU às eleições legislativas, considerou, esta segunda-feira à tarde, que o Presidente da República deveria esclarecer a «contradição» entre manter o silêncio sobre o caso das escutas e a decisão de demitir o assessor Fernando Lima. Jerónimo de Sousa sublinhou que a demissão de Fernando Lima «faz mais barulho que o esclarecimento» da notícia das escutas.
«Esta contradição deve ser explicada, do nosso ponto de vista. Não serve dizer que só depois das eleições se pronunciará. Então abstinha-se desta decisão tão barulhenta. Há aqui uma contradição entre o silêncio e o impacto desta decisão», disse Jerónimo de Sousa aos jornalistas, antes de mais uma iniciativa de campanha, na Casa do Alentejo, em Lisboa.
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Jerónimo de Sousa mantém a opinião de que a questão das escutas na Presidência da República «é uma questão lateral, que não deve constituir o centro das eleições, desta batalha eleitoral. O esclarecimento é devido, mas acho que não seria bom centralizar nisso».
«Faltam poucos dias de campanha e acho que não seria bom que isto se transformasse no caso dos casos», concluiu.
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