O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, assegurou este domingo que o partido irá honrar o compromisso com o PS, mas advertiu que não fará favores a ninguém e que não abdicará de defender os interesses dos trabalhadores.
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"Da parte do PCP o que o PS pode esperar é empenho e honra na palavra dada. Agora, não peçam é que abdiquemos do nosso projeto ou da nossa identidade", ressalvou o líder comunista.
"O PS estava com os pneus em baixo e depois de ouvir o PCP percebeu que era possível dar corpo a uma solução política. É pouco e limitado, mas o povo português também não estava à espera que fosse tudo feito de uma vez. Agora, também não queríamos que fosse tão pouco para ficar tudo na mesma", sublinhou.
Jerónimo de Sousa criticou também a coligação PSD/CDS-PP, acusando-os de terem dito "mentirolas" ao longo de toda a campanha eleitoral, evitando assim terem uma derrota mais expressiva nas eleições.
"Se tivessem dito toda a verdade sobre a sobretaxa e sobre o Banif a pancada teria sido maior", atestou.
"Ninguém nos tira a alegria de ter visto a derrota do CDS e do PSD. Estragámos a festa e os cenários de Cavaco Silva. Daí a raiva e a zanga de muitos comentadores de serviço para com o PCP, sendo que não é a mesma para com o PS ou Bloco de Esquerda", apontou.
"Amanhã vamos entregar no tribunal mais assinaturas para este candidato do que entregámos nas últimas duas eleições. Isso é um bom sinal", perspetivou.
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