Falou uma hora, foi o primeiro a intervir e abandonou o Conselho Nacional sem querer falar com os jornalistas. Apenas disse que é «militante do PSD». Mas o líder demissionário é mais do que um militante já que tem assento, por inerência, no Congresso e nos conselhos nacionais e, à semelhança do que tinha dito num jantar de apoiantes em Sintra, Luís Filipe Menezes avisou que vai estar vigilante. Mas em silêncio para o exterior.
Segundo relatos feitos ao PortugalDiário, Menezes fez um discurso emocionado, que recebeu uma ovação da sala, recordando o que fez em seis meses de liderança e quantos quilómetros percorreu no contacto com as bases, com os militantes, as juntas de freguesia, concelhias e distritais. «70 mil», assegurou.
«Vou dizer o que penso, cá dentro». Para os jornais, nem uma palavra até 2009. Não será como Santana, que tinha prometido «andar por aí», mas vai andar «atento», e não deixará de dar a sua opinião internamente, «como os estatutos o permitem», seja quem for o próximo líder do partido.
Depois da intervenção do líder demissionário, seguiu-se Alberto João Jardim com palavras contundentes para a candidatura de Manuela Ferreira Leite. «Ela não ganha as eleições; nem ela, nem outras figuras exóticas».
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