O Bloco de Esquerda já não está a negociar com o Governo no âmbito do Orçamento de Estado para 2010, mas ainda acredita que é possível avançar com as suas propostas, nomeadamente no que diz respeito ao subsídio de desemprego.
Para isso, os bloquistas agendaram para a próxima sexta-feira um debate sobre o seu projecto-lei, que prevê o alargamento dos critérios de atribuição do subsídio de desemprego.
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« O que a realidade nos está a mostrar é que é possível fazer recuar o Governo e fazer com que ele vá no sentido daquilo que é a solução justa [alargamento do subsídio]», disse José Manuel Pureza, na abertura oficial das jornadas parlamentares do BE, em Faro.
Como exemplo, o líder parlamentar do BE referiu a recente «vitória» bloquista na Saúde: «Conseguimos um claro recuo do Governo na sua intenção de aplicar um plano oncológico nacional nos termos em que tinha sugerido, desprotegendo as pessoas de fora das 3 grandes cidades do país.»
Depois deste sinal do Governo de Sócrates, o Bloco promete «ir à luta» no subsídio de desemprego, «com a certeza de que as condições impostas pelo Governo não são uma fatalidade».
José Manuel Pureza indicou que, em 2010, o desemprego vai atingir os 12 por cento, ou seja, «600 mil portugueses estarão desempregados, metade deles sem qualquer apoio». «Isto é a crise a que temos de dar resposta», afirmou, acrescentando que a governação do PS não está a responder a esta «questão essencial».
O líder parlamentar prometeu que, durante as jornadas parlamentares, o BE vai «aprofundar o compromisso com o trabalho parlamentar e social, que tem como horizonte uma resposta justa para a crise».
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