O PS exigiu esta quinta-feira que o Governo "pare imediatamente" com os processos de privatizações nas áreas dos transportes, água e ambiente, alegando falta de legitimidade política, sobretudo após o Presidente da República ter marcado as eleições.
Esta posição foi transmitida por João Galamba, membro do Secretariado Nacional do PS, numa declaração em que se referiu ao facto de o chefe de Estado, Cavaco Silva, ter já assinado o decreto presidencial a convocar as eleições legislativas para dia 04 de outubro.
"A partir deste momento, impõe-se acrescidos deveres de reserva a todos os agentes políticos e órgãos de soberania. Está em marcha acelerada um processo de privatização nas áreas dos transportes, água e ambiente. O PS exige que estes processos parem imediatamente", declarou o dirigente socialista.
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"Neste final de legislatura, não estão reunidas as condições para que o escrutínio democrático e o escrutínio da ação do Governo possa prosseguir. Isto é tanto mais grave, quanto o Tribunal de Contas tem vindo a demonstrar a existência de graves problemas de transparência, graves problemas de respeito pela lei e de salvaguarda do interesse público", considerou ainda o membro do Secretariado Nacional do PS, de acordo com a citação da Lusa.
Neste quadro, segundo João Galamba, exige-se ao Governo "que pare os processos de privatizações imediatamente e que não se aproveite das últimas semanas do seu mandato para concretizar um processo de privatizações e de concessões que não têm o apoio maioritário dos portugueses e que não prosseguirão depois das eleições de outubro".
"Depois do falso bombar das exportações e do emprego, resta-nos o bombar das privatizações e o bombar das nomeações na 25.ª hora", acrescentou o membro da direção do PS.
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