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PSD: «Regresso ao passado? Não»

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O líder cessante do PSD começa por relembrar o partido que encontrou quando foi eleito a 28 de Setembro de 2007, «com confortável maioria absoluta». Assumiu «funções num grande e importante partido político, mas que havia deixado de ser uma real alternativa do ponto de vista das condições de acesso ao poder».

Considera mesmo que o PSD estava «administrativamente desorganizado, tecnicamente impreparado, financeiramente exangue, afastado da sociedade, sem iniciativa política, sem pensamento estratégico inteligível». Para Menezes o «estado pré-comatoso teve a sua génese na segunda metade do "cavaquismo" e aprofundou-se, progressivamente, ao longo da última década».

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Nem os funcionários «diligentes mas desmotivados» pareciam escapar à apatia descrito pelo líder cessante: «Sedes partidárias fechadas em todo o País, com uma máquina central de funcionários diligentes mas desmotivados, sem quadros técnicos que suportem a produção programática, com quadros políticos gerados no século passado (¿) à sombra da figura tutelar de um líder forte, ou, pior, viciados no conforto de uma atitude passiva que alimenta as mordomias de um pântano central de interesses».

Uma das marcas que deixa é, na sua opinião, «uma profunda transformação, ancorada, simbolicamente, na transferência da sede nacional do bunker majestático de S. Caetano à Lapa para um moderno edifício da Avenida da Liberdade, no ¿coração¿ de Lisboa».

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No artigo Menezes relembra também a oposição que fez ao governo de Sócrates focando temas como o Tratado de Lisboa, o problema da insegurança, o aumento do desemprego, os problemas na saúde, entre outros.

«Ninguém nos ouvia»

Luís Filipe Menezes concorda mesmo que muitas vezes não foi ouvido: «Hoje há quem afirme que ninguém nos ouvia. No essencial concordo. Quem é que pode prestar atenção a uma ópera quando no ecrã ao lado Doze Indomáveis Patifes protagonizam uma infindável e ruidosa coboiada».

Para Menezes, o PSD terá, nestas eleições, «um líder que, pela primeira vez, em 30 anos, não terá a legitimidade de representar uma maioria qualificada de eleitores. Fragilidade insanável em democracia».

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