O CDS-PP considerou esta sexta-feira «gravíssima» a descoberta de omissões às contas públicas da Madeira e defendeu que nas próximas eleições naquela região os eleitores devem ter «noção do que está em causa e que não pode continuar».
«O que se passa com o Governo Regional da Madeira é de uma grande gravidade não só por aquilo que era conhecido, mas pelo que se vem agora a conhecer e, de uma vez por todas, tem de acabar o tempo de esconder dívidas e défices debaixo do tapete», afirmou aos jornalistas no Parlamento o deputado centrista João Almeida.
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O também porta-voz do CDS-PP apontou esta situação como «gravíssima» e considerou que nas eleições regionais de 9 de Outubro está em causa um «julgamento político» do Governo de Alberto João Jardim.
«Portugal está neste momento num caminho essencial de credibilização da governação, do cumprimento com as obrigações que estabeleceu internacionalmente e esse caminho não pode ser comprometido por causa de um Governo de uma Região Autónoma que continua a manter estas práticas», advogou.
O Instituto Nacional de Estatística e o Banco de Portugal acusaram hoje a Administração Regional da Madeira de ter omitido informação relativa às suas contas públicas, que consideram «grave» e da qual não têm conhecimento de casos similares.
«Os eleitores da Madeira, na escolha que vão fazer nas eleições regionais, ponderem bem se acham que este tipo de situações pode continuar, porque vai prejudicar necessariamente a Madeira e os madeirenses, porque obviamente o plano de ajustamento vai ter de ser muito mais exigente», reforçou João Almeida.
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O PCP também condenou a «deliberada ocultação» das contas da Madeira pelo seu Governo Regional e disse que irá estudar a apresentação de iniciativas «no sentido de garantir absoluta transparência» relativamente à situação financeira da região.
«As revelações feitas sobre a dívida da Madeira são extremamente graves, porque estamos perante uma deliberada ocultação da real situação da dívida provocada pelo Governo Regional, o que leva a supor que possamos vir a ter mais revelações e que não estejamos na posse de todos os elementos relativamente à real situação da dívida», afirmou aos jornalistas no Parlamento o deputado comunista António Filipe.
Por sua vez, o Bloco de Esquerda madeirense espera que o PSD/Madeira seja penalizado nas próximas eleições. «É uma situação demasiado grave para passar impune. Exige-se da parte da República uma sanção aos atropelos e uma sanção nas eleições», afirmou à agência Lusa o deputado da assembleia regional Roberto Almada.
«Não pode a República continuar a olhar para Alberto João Jardim e para o Governo regional da Madeira com um olhar de deixar passar, de tentar desculpabilizar estes atropelos à Constituição, à liberdade e à democracia», acrescentou.
O deputado bloquista criticou a «conivência do Governo nacional e do Presidente da República» com a situação de «esconder as contas».
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