Miguel Relvas, secretário-geral e porta-voz dos sociais-democratas afirmou esta sexta-feira que a direcção do Partido Social Democrata (PSD) compreende a manifestação da «Geração à Rasca» que se irá realizar sábado, mas não estará presente porque «seria uma atitude paternalista».
«Nós temos obrigação de ser compreensivos, de acompanhar esses processos e temos, acima de tudo, a responsabilidade de encontrar soluções para esses problemas. No fundo o que esses jovens pedem é: estudámos, trabalhámos, agora queremos ter direito a um emprego. Acham que é pedir muito? Não acho», explicou à Lusa, em conferência de imprensa, Miguel Relvas.
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A propósito da presença nos protestos do PCP e do BE e da Juventude Social Democrata, o secretário-geral do PSD frisa: «não temos uma atitude paternalista. Dirigentes do PSD aparecerem nessa qualidade numa iniciativa dessas, numa manifestação que se pretende que seja genuinamente espontânea e que se pretende também que contribua para ajudar a resolver problemas no nosso país, a pior coisa que pode haver é paternalismo».
Na opinião de Miguel Relvas os jovens que se irão manifestar são os «mais bem preparados» e «é natural que gere insatisfação» por não conseguirem «ter direito a um emprego, a uma vida normal na sociedade, a constituir família».
Miguel Relvas aproveitou ainda para apontar críticas ao PS dizendo que «ao longo dos últimos seis anos o que nós sentimos foi uma grande arrogância, um grande distanciamento dos sectores mais dinâmicos da sociedade».
Ainda a respeito da manifestação «Geração à Rasca», Miguel Relvas revelou que olha para estas iniciativas com «carinho» e «atenção» e afirma ainda que «quem está na vida pública está na vida pública para resolver esses problemas, não para ser indiferente, ser distante dessas questões».
O porta-voz disse ainda à Lusa que acredita «muito nesta geração de jovens» e que se deve «apostar» nela ao «dar-lhe oportunidade para mostrar aquilo que vale».
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