O presidente do PND, Manuel Monteiro, defendeu esta terça-feira o fim da imunidade parlamentar e o exercício do mandato de deputado em exclusividade de funções como forma de «dignificar a vida política», informa a Lusa.
O líder do Partido da Nova Democracia defendeu que «quem é eleito deputado tem que deixar de exercer a profissão, seja advogado, médico ou qual for», argumentando que essa seria uma forma de «precaver situações» em que as leis «são feitas à medida» de interesses particulares.
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No final de uma reunião com o bastonário da Ordem dos Advogados, Manuel Monteiro disse ter transmitido a Marinho Pinto «o caminho da denúncia e do combate à corrupção».
Para quem foi o recado de Ana Gomes?
Corrupção: Monteiro fala num «imenso polvo»
Manuel Monteiro defendeu que a exclusividade de funções no exercício do mandato de deputado «é uma forma de dignificar a vida política e parlamentar», considerando que os deputados que acumulam o mandato com uma profissão «estão mais susceptíveis de propor alterações de leis que lhes dizem respeito».
O líder do PND defendeu ainda o fim do actual regime de imunidade parlamentar, propondo que os deputados só sejam beneficiados pela imunidade em «relação a questões como o livre exercício da actividade política».
Manuel Monteiro elogiou ainda «a coragem» da eurodeputada do PS Ana Gomes por «denunciar casos de cumplicidades entre o PS e o dr. Paulo Portas» e desafiou a eurodeputada a dizer a quem se referia.
«A interpretação que eu fiz é que se tratava de Jorge Coelho e foi isso que referi. A dra. Ana Gomes já esclareceu que não era um recado a Jorge Coelho. Então a quem se estava a referir?», questionou.
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