O PS considerou hoje que ficou definitivamente provada a falsidade da versão da ministra das Finanças sobre a suposta manipulação de um documento que implicou o ex-secretário de Estado Pais Jorge na venda de swap ao Estado.
Esta posição foi transmitida aos jornalistas, na Assembleia da República, pela vice-presidente da bancada socialista Ana Catarina Mendes, após ser conhecido o arquivamento da queixa apresentada pela ministra de Estado e das Finanças, Maria Luís Albuquerque.
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Em agosto, o Ministério das Finanças alegou que tinha sido manipulado o documento divulgado pela imprensa que implicava a presença do ex-secretário de Estado do Tesouro na tentativa de venda de contratos swap ao Governo socialista, em 2005, tendo em vista baixar artificialmente o défice e a dívida pública.
No entanto, de acordo com a PGR, os documentos que implicavam o Citigroup e o ex-secretário de Estado Pais Jorge na tentativa de venda de swap ao Governo de José Sócrates, para disfarçar o défice, não foram afinal adulterados pela imprensa, como alegava a ministra Maria Luís Albuquerque.
Para Ana Catarina Mendes, «fica agora demonstrado que as suspeitas de falsidade que a ministra lançou sobre todas as outras pessoas e entidades foram desmentidas por quem de direito».
«O comunicado da PGR é muito acutilante na demonstração à evidência que foi construída uma história por Maria Luís Albuquerque e que essa história se revelou falsa. Quando em agosto deste ano se disse que os documentos eram falsos e se pediu à PGR para fazer um inquérito, conclui-se agora que não houve qualquer manipulação sobre os documentos e que, afinal, Pais Jorge foi mesmo uma das pessoas que tentou vender swap para maquilhar as contas públicas ao Governo socialista, que recusou», frisou a vice-presidente da bancada socialista.
Ana Catarina Mendes salientou depois que a ministra de Estado e das Finanças «acusou o PS de ter um padrão de comportamento sobre esta matéria [swap]».
«Afinal, quem tem um padrão de comportamento, que se tem revelado inaceitável perante uma comissão parlamentar de inquérito, é a ministra das Finanças», contrapôs Ana Catarina Mendes.
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