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Alcochete: «E maintenant, senhor ministro?»

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Parlamento: CDS-PP ataca com jamais. Ministro Mário Lino responde

A pedido do CDS-PP, Mário Lino está esta sexta-feira no Parlamento para um debate de urgência sobre a localização do novo aeroporto em Alcochete. A abertura das hostilidades coube a Telmo Correia, deputado democrata-cristão, que acusou o Governo de uma «completa inversão de marcha», apesar de admitir ter sido «um recuo de bom-senso».

O deputado do CDS-PP desejou ainda um «bom ano ao senhor ministro», vaticinando que o Governo «bem vai precisar» dos votos de um feliz 2008. «O Governo, em apenas 48 horas horribilis, teve um secretário de Estado a prometer compensações às pinguinhas aos pensionistas - com medo que eles gastem o dinheiro todo de uma só vez -, logo desautorizado pelo ministro da tutela e um primeiro-ministro a pedir aos portugueses para esquecerem a Ota porque o aeroporto vai ser, afinal, em Alcochete».

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Telmo Correia não desiste e explica as críticas ao Governo: «O problema não é a mudança de opinião; mas a chave da credibilidade da política é a da credibilidade dos Governos. E este Governo, que tomava decisões e seguia em frente, caiu na trapalhada».

O democrata-cristão admite que «há decisões do Governo e não decisões do ministros». Mas foi «o senhor ministro que disse que Ota era um compromisso pessoal», recorda o ex-líder da bancada do CDS-PP, puxando da memória para falar ainda das declarações polémicas de Mário Lino sobre a margem sul: «Podíamos falar ainda do jamais!» e do «deserto». « E maintenant, monsieur ministre? Que va vous faire?».

E o ministro das Obras Públicas e Transportes, na resposta, disse o que vai fazer: uma consulta pública sobre Alcochete, conforme obriga a legislação portuguesa e comunitária.

Mas Lino aproveitou ainda para dizer o que fez, e garante tê-lo feito com «responsabilidade». Foi com esta palavra que o ministro argumentou a troca da opção Ota por Alcochete, acrescentando que recebeu o estudo «anteontem» e que o colocou de imediato na Internet, enviando posteriormente um exemplar para cada um dos partidos com assento parlamentar.

Referindo-se aos custos da obra, que durará até 2017, o ministro admitiu que a opção pela margem Sul é a mais vantajosa, face à opção Ota. Usando os números que o relatório do LNEC apresenta, Lino fez as contas: «São menos 300 milhões de euros».

Recorde-se que as contas apresentadas pelo estudo comparativo apontam para 260 milhões de euros de poupança, em relação à Ota, e não 300 millhões.

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