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Lino diz que não quer «amordaçar» Rangel

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«Quero mesmo é que o dr. Rangel fale mais vezes», disse

O ministro das Obras Públicas garantiu esta segunda-feira, não querer colocar «mordaça nenhuma» ao líder parlamentar do PSD, e, pelo contrário, desafiou Paulo Rangel a esclarecer o seu pensamento sobre desenvolvimento do país.

«Não me passa pela cabeça pôr qualquer mordaça no dr. Paulo Rangel, antes pelo contrário. Eu quero mesmo é que o dr. Paulo Rangel fale mais vezes e se torne mais claro o seu pensamento acerca do desenvolvimento do país, que está em perfeita contradição com a posição do governo português», afirmou o ministro das Obras Públicas, à margem do seminário Oportunidades de Negócio na construção na América Latina, que decorreu esta segunda-feira, em Lisboa.

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«Portanto eu quero mesmo é que ele não tenha mordaça nenhuma e que torne isso claro. Não tenho nenhum objectivo de calar o dr. Paulo Rangel», acrescentou.

Troca de palavras

A troca de palavras entre Mário Lino e Paulo Rangel começou domingo quando, na cerimónia que marcou o arranque da concessão Algarve Litoral, o ministro das Obras Públicas criticou o discurso do líder parlamentar social-democrata na sessão solene do 25 de Abril, considerando que revelou uma «visão cinzenta e salazarenta» do país.

«Ouvir o discurso do líder parlamentar do maior partido da oposição na sessão solene do 25 de Abril foi ver uma visão cinzenta e salazarenta do país, sem investimentos e sem legado para as gerações futuras», afirmou, referindo-se às críticas deixadas no sábado por Paulo Rangel aos grandes investimentos públicos.

Na resposta, Paulo Rangel acusou o PS de estar procurar «pôr uma mordaça» nas opiniões dos sociais-democratas, devolvendo as críticas de «visão cinzenta» aos socialistas.

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Recordando que, em pouco mais de 24 horas, Mário Lino foi a terceira pessoa ligada ao PS, depois do cabeça de lista às europeias, Vital Moreira, e do ministro dos Assuntos Parlamentares, a falar sobre o seu discurso, Paulo Rangel assinalou ainda o facto «curioso» de todos eles terem em comum a adesão no passado a «ideias comunistas e trotskistas».

«São os únicos com experiências anti-democráticas, ao contrário de mim», acrescentou o líder da bancada do PSD, considerando saudável que no dia da Liberdade que se comemorou no sábado não exista «um pensamento único». «Isso é que é liberdade», sublinhou.

Garantindo não retirar uma única palavras às suas declarações de sábado, Paulo Rangel devolveu domingo as acusações de «cinzentismo» ao ministro das Obras Públicas, considerando que se as gerações futuras não tiverem possibilidade de decidir como gastar o seu dinheiro por estarem a pagar "facturas" dos seus antepassados, aí sim, «a realidade será cinzenta».

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