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PSD: fazer directas em Maio é «precipitação grande»

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Presidente da Câmara de Coimbra defende um prazo mais alargado

O social-democrata Carlos Encarnação considerou esta sexta-feira que a proposta de convocação de eleições directas no PSD para 24 de Maio constitui «uma precipitação grande», defendendo um prazo mais alargado.

«Não querendo o Dr. Luís Menezes ser candidato outra vez, tenho a impressão que era prudente que o Conselho Nacional [do PSD] desse um prazo mais alargado para a apresentação de candidaturas e para o recurso às eleições directas», disse o presidente da Câmara de Coimbra à agência Lusa.

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O presidente do PSD, Luís Filipe Menezes, anunciou, quinta-feira à noite, que vai pedir ao Conselho Nacional a convocação de eleições directas para 24 de Maio, às quais, disse, não tenciona recandidatar-se.

O autarca de Coimbra recordou esta sexta-feira declarações por si proferidas na quinta-feira de manhã, quando considerou que Luís Filipe Menezes «tinha condições» para levar o mandato até ao fim, para vincar que «é uma precipitação grande marcar eleições para 24 de Maio».

«Não se conquista o poder num partido com equipa reunida à pressa»

«Apenas quem está a liderar o partido tem condições para disputar eleições, qualquer outro candidato terá dificuldades. Não se pode conquistar o poder num partido com uma equipa reunida à pressa», salientou o antigo presidente do Conselho de Jurisdição Nacional do PSD.

Carlos Encarnação disse ainda não o ter surpreendido a decisão de Luís Filipe Menezes e considerou que o partido «é muito rico em personalidades» e tem figuras de «grande carisma nacional» e de «grande qualidade intelectual e política» capazes de o liderar.

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«Não me incomoda que haja vozes críticas, sempre houve. Um líder tem de conviver com a crítica, tem de fazer com que as diferenças de opinião acrescentem ao partido e não o diminuam», disse Carlos Encarnação, comentando a oposição interna a Luís Filipe Menezes.

Neste contexto, o presidente da Câmara de Coimbra fez a distinção entre críticas com base em «políticas alternativas, fundamentadas» e «uma oposição feita apenas para denegrir a imagem das pessoas».

Na sua perspectiva, «um partido que está na oposição tem sempre uma situação difícil: qualquer partido tem de saber viver com isso e preparar a sua alternativa».

«As pessoas devem actuar com muita cabeça e seriedade. Não pode haver precipitações, ligeirezas. Quem quer construir uma alternativa está obrigado a construir soluções muito sérias, que integrem o maior número de pessoas, dentro e fora do partido», afirmou ainda Carlos Encarnação.

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