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PSD: «Nunca seremos muleta do Governo»

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Miguel Macedo explica as razões para não aprovar a moção de censura e para o acordo com o PS

O líder parlamentar do PSD explicou ao Parlamento as razões para a abstenção dos sociais-democratas na votação da moção de censura ao Governo apresentada pelo PCP e justificou o acordo a que o partido laranja chegou com o PS nas novas medidas de austeridade.

«Nunca seremos muleta do Governo. Demos a mão ao país com sentido de responsabilidades», afirmou, sem pedir desculpas, garantindo querer evitar que a situação portuguesa piore.

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Segundo Miguel Macedo, «se o acordo for cumprido, o país ganhará com isso» e, se não for, o PSD vai «assumir responsabilidades enquanto partido alternativo à governação».

O social-democrata foi bastante claro no quão «exigente» será o PSD no cumprimento deste acordo, «especialmente» na redução da despesa, e avisou José Sócrates: «Não daremos ao Governo uma segunda oportunidade.»

Para o líder da bancada laranja, a moção de censura esta sexta-feira em debate é uma «jogada partidária» do PCP, que se pretende «antecipar ao Bloco de Esquerda para tentar liderar o campeonato da extrema-esquerda».

«O PCP vive num mundo que já não existe», criticou, apontando o «erro» de «contestar por contestar».

«Derrubar o Governo nesta ocasião não era um favor feito aos portugueses, era acrescentar uma crise política à financeira e económica e as consequências seriam desastrosas», alertou.

Miguel Macedo concorda que o Governo «merece ser censurado», mas derrubá-lo nesta altura era «dar-lhe a oportunidade de se fazer de vítima, quando é o culpado» desta crise.

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«Este é um Governo em fim de ciclo, que se arrasta penosamente pelas cadeiras do poder. O primeiro-ministro deixou de ser factor de solução para ser o maior problema», concluiu.

PS junta-se às críticas ao PCP

O líder parlamentar do PS também foi bastante duro nas críticas aos comunistas por apresentarem uma moção de censura ao Governo nesta altura.

«O PCP infelizmente transformou-se no maior aliado da direita», afirmou, acusando os comunistas de «abrirem caminho ao regresso ao poder da direita».

«No dia em que se constituir uma alternativa de poder em Portugal, essa alternativa não virá da extrema-esquerda, infelizmente virá da direita, e aí o país perceberá a grande diferença entre um governação do PS e uma governação da direita», avisou.

Francisco Assis está «convencido» que os eleitores de esquerda «não acompanham» o PCP e o BE nesta moção de censura, «porque compreendem perfeitamente o que está em causa».

«O grande problema do PCP no debate político é estar fechado nos seus dogmas, nas suas certezas, nas suas proclamações. É incapaz de compreender as mais elementares evidências, desde logo a de que um Governo do PS será sempre diferente de um governo da direita em Portugal», reforçou.

Por isso, considera, a moção de censura é «um acto de profunda irresponsabilidade e cinismo».

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