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WikiLeaks: atraso na informatização pode «salvar» Portugal

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Presidente do OSCOT, José Manuel Anes, lembra que «ainda há muito papel nas embaixadas» portuguesas

O presidente do Observatório de Segurança considerou, esta quarta-feira, que Portugal corre «menos riscos» que os Estados Unidos na divulgação de documentos diplomáticos, porque ainda há muita informação em papel e são países com interesses diferentes.

«Se aconteceu nos Estados Unidos pode também acontecer em Portugal, mas às vezes os processos mais sofisticados e electrónicos são os de mais fácil acesso, enquanto os menos informatizados vão escapando à espionagem electrónica», disse à agência Lusa José Manuel Anes.

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O presidente do Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo (OSCOT) falava à Lusa sobre a divulgação de documentos diplomáticos norte-americanos pela organização wikiLeaks e se tal cenário era possível em Portugal.

José Manuel Anes considerou que Portugal corre «menos riscos» devido à fragilidade do país e de não ter um sistema informático tão desenvolvido. «Em Portugal há menos informatização, há ainda muito papel nas embaixadas», disse.

Se ao nível diplomático «ainda há muito papel», já os serviços de informação utilizam a informática e têm especialistas que protegem toda a informação electrónica, acrescentou.

José Manuel Anes disse também que, quanto «maior é o interesse do país, maior é o desejo de furar o sistema e de sabotar». Portugal é um país que «não tem grandes interesses, nem uma posição suficientemente forte para despertar em alguém o interesse de intrusão e de sabotagem», sustentou, afirmando que esta situação vai ter como consequência «um alerta mundial para um reforço do sistema de segurança electrónica».

O presidente do OSCOT considerou «absolutamente inacreditável» que isto aconteça num país com os melhores serviços de informação do mundo e sublinhou que «não pode haver só uma pessoa responsável».

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