O líder do PSD e primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, admitiu este domingo a possibilidade de reabrir a comissão de inquérito à queda do avião em Camarate que vitimou Francisco Sá Carneiro, se houver consenso partidário e algo a acrescentar ao processo.
«Se esse consenso se gerar e se houver ainda possibilidade de acrescentar algum esclarecimento [ao processo], não deixaremos de dar o nosso contributo para isso», revelou Passos Coelho, no discurso da sessão evocativa em memória de Francisco Sá Carneiro, num hotel do Porto, escreve a Lusa.
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Admitindo que, «até hoje» as pessoas se mantêm «inconformadas com as circunstâncias da viagem trágica» que vitimou Sá Carneiro, Passos Coelho frisou não se ter conseguido «concluir de forma categórica» o que sucedeu a 4 de Dezembro de 1980.
«Na anterior legislatura todos os partidos suscitaram a questão da comissão de inquérito. Não sei se haverá circunstâncias para retomar esse fio ou não», observou o primeiro-ministro, abrindo caminho à disponibilidade para reabrir o processo.
Passos Coelho lembrou que, para o PSD, esta «não é uma questão partidária, mas uma questão nacional».
O primeiro-ministro tinha antes homenageado o antigo governante que morreu num acidente aéreo em 1980, depositando uma coroa de flores cor de laranja na estátua de Sá Carneiro na praça com o mesmo nome, no Porto.
CDS-PP disponível
O líder parlamentar do CDS-PP, Nuno Magalhães, manifestou, entretanto, a disponibilidade dos democratas-cristãos para «retomar os trabalhos da comissão de inquérito» à queda do avião em Camarate.
«O CDS está disponível para retomar os trabalhos da comissão parlamentar de inquérito que foram interrompidos em função da dissolução da Assembleia da República e consequente convocação de eleições antecipadas», afirmou Nuno Magalhães à Lusa.
Segundo Nuno Magalhães, «o objecto deverá ser aquele enquadrado no mais amplo consenso possível». Em nome desse consenso, o líder da bancada democrata-cristã escusou-se a avançar mais pormenores.
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