O líder do PSD, Pedro Passos Coelho, ouviu esta manhã os representantes da Associação de Regantes do Vale do Sorraia, que o alertaram para os perigos da fusão do ministério do Ambiente com o da Agricultura. «Sempre que isso aconteceu, o radicalismo ambiental pôs em causa a agricultura», disse-lhe um deles, lembrando que já o líder da CDU, Jerónimo de Sousa, tinha criticado esta fusão de ministérios.
Na resposta, Passos Coelho afirmou durante algum tempo se fez «demagogia sobre a suposta ideia de que o PSD quer acabar com o ministério da Agricultura», ideias que o líder laranja tentou desfazer. E explicou que «conjugar num só ministro as responsabilidades do Mar, Agricultura, Ambiente e Ordenamento do Território permite agilizar o trabalho».
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«Nós não queremos fazer um Governo mais pequeno só para dar o exemplo, mas também para que ele funcione de forma solidária e quando se reunir, não esteja cada ministro a tratar do seu assunto, mas que seja o Governo do país a tratar dos assuntos do país». Passos Coelho diz que assim se passava nos Governos de Cavaco Silva, em que cada ministro se pronunciava sobre todas as questões, mas que não acontece hoje em dia, «pelo menos é a ideia que transparece».
Passos Coelho diz que «tem havido um antagonismo que é mau entre área do Ambiente e a da Agricultura». «Nós não podemos ter, como temos hoje, planos de ordenamento que promovem o isolamento do território, que promovem o retrocesso das condições de habitabilidade e de ocupação dos solos e que, de alguma maneira se torna inimigo daqueles que querem viver no seu território», disse, considerando que o exemplo mais grave disso é a Costa Vicentina.
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