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Pedro Passos Coelho quer «menos» feriados

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Líder do PSD afirmou ainda, em entrevista à Lusa, que gostava que plano de ajuda a Portugal fosse por «mais um ano»

Questionado sobre se concorda com a ideia defendida pela chanceler alemã, ngela Merkel, de que é preciso reduzir os dias de férias em Portugal, Passos Coelho contrapôs: «Nós precisamos é de reduzir o número de feriados, isso sim». E acrescentou: «De resto, tenho muita pena de que aquele projecto que foi apresentado por duas deputadas independentes do PS não tivesse sido levado adiante. Nós em Portugal temos demasiados feriados».

O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, anunciou, em entrevista à agência Lusa, que vai propor reduzir o número de feriados em Portugal e encostar alguns ao fim de semana.

Segundo Passos Coelho, é possível haver «maior racionalidade» e «não sobrecarregar em excesso o calendário do trabalho semanal com feriados que seja perfeitamente possível encostar ou ao fim de semana ou a pontes mais curtas».

O presidente do PSD adiantou que vai «com certeza» apresentar uma proposta nesse sentido, ressalvando que não pretende «acabar com os feriados em Portugal» e que «ninguém deixará de celebrar o Natal», nem datas como o 25 de Abril ou o 1.º de Maio.

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«Precisamos de racionalizar melhor o gozo dos feriados e temos de acabar com alguns deles», acrescentou, sem indicar quais os feriados que vai propor que deixem de existir.

Passos Coelho recordou o caso da Páscoa deste ano, em que, «em plena negociação do pedido de ajuda externa, estava a equipa externa toda a trabalhar intensamente e o Governo a dar dispensa de ponto na quinta-feira santa», o que permitiu «cinco dias» de descanso aos funcionários públicos. «É um absurdo», considerou.

Ajuda externa por mais um ano

Pedro Passos Coelho afirmou, ainda na entrevista à Lusa, que gostaria que Portugal tivesse negociado um programa de ajuda externa e de ajustamento orçamental que durasse mais um ano, o que implicaria um montante maior.

O Governo português negociou uma ajuda externa de 78 mil milhões de euros, através de um programa que se aplica a um período de três anos e prevê uma redução do défice para 5,9 por cento este ano, para 4,5 por cento em 2012 e para três por cento em 2013.

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Questionado sobre o que teria feito de diferente na negociação da ajuda externa e se considera suficiente o valor emprestado a Portugal, Pedro Passos Coelho respondeu: «O que é que eu gostaria que este acordo pudesse ter contemplado? Mais um ano para nós podermos atingir o objectivo dos três por cento» de défice.

Ainda sobre a ajuda externa, o presidente do PSD reiterou, quanto à taxa de juro, que «Portugal vai ter de se aplicar por merecer rever essa taxa de juro».

Existe possibilidade de mais medidas

O líder do PSD alerta também que o próximo Governo poderá ter de «reforçar medidas» para cumprir o défice deste ano, prometendo, se for eleito, criar imediatamente um grupo de trabalho para «deitar a mão» à execução orçamental.

Passos Coelho voltou a acusar o Governo de estar a fazer a redução de despesa «pela metade» e alertou que, se se projectarem os resultados da execução orçamental dos primeiros quatro meses no resto do ano, «Portugal não será capaz de cumprir os 5,9 por cento do défice, sequer, que ficou acordado com a troika» da ajuda externa.

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Outra medida a executar ainda antes da posse de um eventual Governo liderado por sociais-democratas é preparar a construção de um programa de apoio social.

«Temos rapidamente de conseguir com as Instituições de Solidariedade Social pôr de pé um programa que não deixe para trás as pessoas que estão a ficar extremamente desfavorecidas com a situação social», disse.

«Se eu não ganhar as eleições não formarei Governo e não irei para o Governo, isso é garantido», reiterou, lembrando que o PSD não precisou de estar no Governo para cooperar com o executivo.

O líder do PSD anunciou também que, se for Governo, tenciona ter um ministro dos assuntos sociais, que acumule as áreas da saúde e da segurança social.

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