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Seguro «já» tem ministro das Finanças

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Entrevista do secretário-geral do PS à TVI

O secretário-geral do PS afirmou esta sexta-feira, em entrevista à TVI, que já tem na sua cabeça o nome do ministro das Finanças caso os socialistas regressem ao Governo. António José Seguro recusou-se, contudo, a esclarecer quem é o eleito ou se é socialista ou independente.

«Se já tenho ministro das Finanças? Já. É normal que, quem se candidata a primeiro-ministro, olhe e tenha presente não só as pessoas, mas também a estrutura do Governo», considerou.

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Seguro acrescentou apenas que o ministro das Finanças que tem na sua cabeça «será para executar o programa político do PS, porque o Governo não é um somatório de individualidades».

Já sobre a questão de o PS se preparar para pedir maioria absoluta nas próximas eleições, mas não descartar nem uma coligação governamental, nem acordos de incidência parlamentar, o líder socialista alegou que o seu partido pode chegar ao Governo «numa situação tal do país» que o PS, mesmo com maioria absoluta, «não seja suficiente sozinho para fazer o que será necessário fazer».

«É possível realizar mais do que um acordo de incidência parlamentar. É possível com os partidos à direita em relação a determinadas matérias (por exemplo, política europeia) e com partidos à esquerda em relação a outras matérias. Temos de deixar de lado as lutas político-partidárias. Sei o que é necessário fazer à frente de um Governo e isso não dispensa ninguém», sustentou.

Interrogado se o PS quer eleições antecipadas, o secretário-geral socialista vincou que o seu partido «não brinca às moções de censura». «O PS apresentou uma moção de censura que tem o objetivo de substituir o Governo já. O PS quer um outro Governo que surja de outro Parlamento. Isso significa a realização de eleições», acrescentou.

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O email de Passos a anunciar os cortes

Seguro negou que tenha tido conhecimento antecipado dos cortes na despesa anunciados pelo primeiro-ministro, depois de o gabinete do chefe do Executivo ter adiantado que o secretário-geral do PS tinha sido informado por Passos Coelho do teor das medidas que iriam ser anunciadas.

O líder socialista disse que, por volta das 20:00, recebeu um telefonema do primeiro-ministro dando contra que tinha escrito à troika e que pretendia também enviar-lhe essa mesma carta.

«Dei-lhe [a Pedro Passos Coelho] o meu email, mas não tive acesso ao meu email porque estava a caminho da TVI. Foi isso que se passou», salientou.

Em relação ao teor das medidas anunciadas pelo primeiro-ministro, Seguro não tem dúvidas que se tratam de «péssimas notícias».

«É mais do mesmo sobre os mesmos, os pensionistas e funcionários públicos. Péssimas notícias também porque vai agravar a espiral recessiva e aumentar o desemprego», disse.

Seguro considerou que as novas medidas de austeridade colocam Portugal na direção errada, contra uma parede, e salientou que o primeiro-ministro nunca se referiu na sua comunicação ao país à criação de riqueza e combate ao desemprego.

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«Assistimos a um primeiro-ministro a dizer que Portugal vai na boa direção e que chegou a altura de carregar no acelerador, mas Portugal vai na direção errada, vai contra uma parede. O que é necessário é parar com a austeridade e mudar de caminho», contrapôs.

«Nem uma única vez o primeiro-ministro falou em combate ao desemprego. O que se esperava era que o primeiro-ministro tivesse aprendido a lição e viesse pedir desculpa aos portugueses por ter colocado Portugal numa espiral recessiva e por irmos a caminho de um milhão de desempregados», sustentou.

Interrogado se o PS aceita o objetivo do Governo de reduzir em 30 mil o número de funcionários públicos, António José Seguro estabeleceu uma diferença entre o despedimento simples e os processos de rescisão por mútuo acordo.

«Se existirem despedimentos, o primeiro-ministro estará a violar uma promessa eleitoral. Já quanto a rescisões amigáveis, tal significa a adesão do Estado e do trabalhador, e contra isso o PS não se opõe», ressalvou.

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