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Sócrates: «O que é que a Elisa tem»

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Secretário-geral do PS e Mário Soares na apresentação da candidata à Câmara do Porto

Rui Veloso cantou um «Porto sentido» e a candidata apoiada pelo PS defendeu o lema de um «Porto para todos». Os apoios mais sonantes a Elisa Ferreira vieram de Lisboa. Mário Soares confirmou aos jornalistas que «está ao lado» da amiga «neste momento difícil». Apoia-a publicamente, apesar de confessar que «já não está em idade de participar em acções de campanha».

Na cerimónia de apresentação da candidatura, esta quinta-feira na Alfândega de Porto, o secretário-geral dos socialistas, José Sócrates, explicou afinal «o que é que a Elisa tem».

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«A Elisa tem, desde logo, um profundo amor ao Porto», «capacidade para congregar pessoas» e «visão política». E até a pontinha de mau génio, própria das mulheres com carácter» marca pontos a seu favor. «Ela sabe dizer não quando é preciso dizer não», explicou o primeiro-ministro, diante de uma vasta plateia, onde marcaram presença os ilustres da cidade, dos negócios (Ilídio Pinho) ao desporto (Pinto da Costa), passando pela ciência (Alexandre Quintanilha).

Ex-ministra do Ambiente e do Planeamento, actualmente eurodeputada, a candidata que não é nem tenciona vir a ser filiada no partido socialista explica que está na corrida porque não se conforma com o Porto que vê.

«A cidade, outrora pujante, está hoje doente, triste, adormecida, sem ânimo e em declínio».

Elisa, que garante «nunca ter perdido o Norte», quer devolver «a centralidade e o protagonismo» ao Porto para que este se afirme «como cidade contemporânea e cosmopolita».

Para isso conta com uma «lista aberta», uma coligação constituída por cidadãos sérios , competentes, disponíveis para trabalharem unidos pelo Porto».

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Ainda sem programa, a eurodeputada deixa já uma promessa: «se me derem a vossa confiança, deixarei Bruxelas e consagrarei ao Porto a totalidade das minhas forças nos próximos anos. Serei a tempo inteiro a presidente da Câmara Municipal do Porto! A primeira mulher presidente da Câmara do Porto!».

O combate é difícil e justificava uma coligação de esquerda, mas Elisa não conta com isso porque «são precisos dois para dançar um tango» e os outros partidos não querem acertar o passo com a candidata o PS.

A ex-ministra que apoiou Manuel Alegre quando este, em 2004, disputou a liderança do partido com José Sócrates fala agora do «primeiro ministro mais reformador e determinado das últimas décadas» e à pergunta: revê-se nas críticas de Manuel Alegre ao Governo, responde desta forma: «Gosto de pessoas que fazem críticas, mas são capazes de fazer melhor».

Soluções é o que vai desenhar para o Porto. Diz-se que as sondagens internas dos partidos não lhe são favoráveis, mas o Porto também já mostrou a Rui Rio como os números podem andar desfasados da realidade. Foi assim há oito anos. Elisa só quer que a história se repita. Mas desta vez a seu favor.

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