O Bloco de Esquerda (BE) culpou esta sexta-feira os cortes nas despesas sociais do Estado pelo agravamento da degradação social em Portugal, originada por «um crescimento económico medíocre» e por desequilíbrios nos rendimentos, refere a Lusa.
Comentando o alerta de «crise social» lançado pela Associação para o Desenvolvimento Económico e Social (SEDES) na quinta-feira, João Semedo, do Bloco de Esquerda, disse que «a diminuição significativa das despesas sociais do Estado» nos últimos anos contribuiu para agravar a «degradação e as desigualdades sociais».
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A SEDES alertou quinta-feira para um «mal-estar» na sociedade portuguesa que, a manter-se, poderá originar uma «crise social de contornos difíceis de prever».
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João Semedo sublinha o facto de o alerta ter sido lançado no mesmo dia em que o BE suscitou um debate parlamentar com o primeiro-ministro sobre desigualdades sociais e aponta o «crescimento económico medíocre» e o «desequilíbrio estrutural» dos rendimentos como estando na génese da crise social que se vive em Portugal.
Questionado sobre a desconfiança dos cidadãos nos representantes partidários, João Semedo adiantou que «o afastamento relativamente à vida política e a alguns partidos resulta da crise, não a explica»".
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