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O anunciado candidato à Presidência da República Sampaio da Nóvoa recusou hoje comentar o acordo de coligação para as legislativas entre a atual maioria PSD e CDS-PP, preferindo excluir-se da "luta partidária".
"Vou tentar fazer uma campanha pela positiva. Vou propor ideias às pessoas. Não vou entrar nos pequenos casos, pequenos episódios. É um assunto que não merece comentário. O que terei a dizer é dirigir-me aos portugueses com um conjunto de ideias e propostas sobre o que penso que deve ser o Presidente da República e por que me candidato. São assuntos de outro foro, do domínio dos partidos, da luta partidária. Não vou interferir nesse tipo de assuntos", disse, após encontro com o economista francês Thomas Piketty, num hotel lisboeta.
Sampaio da Nóvoa elogiou a obra de Piketty, mostrando-se favorável às suas teorias de necessidade de maior "harmonização fiscal" ao nível europeu.
"É uma pessoa que tem pensado muito bem as questões da economia, da Europa e tem alertado para um conjunto de temas absolutamente centrais para governar as sociedades do século XXI", afirmou.
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"Todas as questões que dizem respeito à harmonização da política fiscal, sobretudo no que diz respeito aos rendimentos das grandes fortunas e grandes sociedades multinacionais", vincou, uma vez que as mesmas serão "muito difíceis de fazer apenas no plano nacional".
Piketty esteve também hoje reunido com o dirigente do partido LIVRE Rui Tavares. A nova força política vai concorrer às eleições legislativas juntamente com o movimento cidadão Tempo de Avançar.
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