O PS considerou esta quinta-feira que a demissão de Miguel Relvas demonstra que o Governo está «em negação e desagregação» e defendeu que o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, devia «seguir o caminho do seu braço direito».
Miguel Relvas abandona Governo
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«Esta demissão diz muito sobre o estado do Governo, um Governo em negação e em desagregação, entendemos que o senhor primeiro-ministro deve seguir o caminho do ministro Miguel Relvas e pedir a demissão», afirmou o vice-presidente da bancada socialista Mota Andrade.
O deputado do PS, que falava aos jornalistas no Parlamento a propósito da demissão do ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, disse que esta precisa de ser esclarecida, porque na quarta-feira, durante o debate da moção de censura, o primeiro-ministro afirmou que «o Governo estava coeso».
«Um dia depois do senhor primeiro-ministro ter afirmado que o Governo estava coeso fomos supreendidos pela demissão de um ministro, o ministro Miguel Relvas não é um ministro qualquer, é o braço direito do primeiro-ministro no Governo e no partido», assinalou.
Mota Andrade referiu ainda que abandonar o executivo «por razões anímicas» é um argumento que «soa a desculpa».
Questionado pelos jornalistas sobre as condições políticas do ministro da Educação, Nuno Crato, que tem em sua posse um relatório da Universidade Lusófona sobre a licenciatura de Miguel Relvas, o socialista defendeu que também devem ser dadas explicações urgentes.
Mota Andrade disse que o envio deste relatório para o Ministério Público reforça ainda a necessidade de esclarecimentos: «Se assim for é óbvio que o senhor ministro da Educação necessita urgentemente de explicar o porquê de ter este relatório dois meses na sua secretária».
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