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25 de Abril: Aguiar-Branco «provocou» as consciências

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O deputado social-democrata Aguiar-Branco disse que o seu discurso no 25 de Abril pretendeu provocar as consciências e que usou um cravo vermelho na lapela para dar o exemplo pelo fim dos preconceitos.

No final da sessão solene comemorativa do 25 de Abril na Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco foi questionado se citar Lenine, Rosa Luxemburgo ou Sérgio Godinho, como fez no seu discurso, é uma provocação ou um piscar de olho à esquerda.

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«É uma provocação às consciências. Não é uma provocação no sentido político-partidário, é uma provocação às consciências, de nós sermos capazes de acabar com preconceitos que são, eles sim, bloqueadores de uma nova qualidade para a nossa democracia», disse.

Interrogado se pensa que o seu discurso foi bem recebido pelos deputados do PSD, respondeu: «Eu acho que sim. Acho que, como todos os discursos que deixam alguma marca, tem a sua carga de polémica. Agora, eu quero acreditar que passei uma mensagem importante, que a minha bancada seguramente absorveu, e que é precisamente a de acabarmos com os preconceitos

Aguiar-Branco acrescentou que quis «dar um sinal de que é fundamental acabar com esses preconceitos» e de, através de uma revisão constitucional, devolver liberdade «ao povo, à iniciativa privada e à iniciativa social» e dar «um novo rumo a Portugal».

As citações que fez, de Rosa Luxemburgo, António Sardinha, Lenine, Movimento das Forças Armadas (MFA) e Sérgio Godinho foram «precisamente dar um sinal de que ninguém é dono de nada e que as palavras têm sempre um sentido que pode ser transversal».

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« Ninguém me pode impedir a mim [de as citar], que não sou de muitas das ideologias dessas citações, mas que podem fazer sentido noutra época, como hoje em dia fazem sentido», disse.

Quanto à opção por usar um cravo vermelho na lapela, o ex-ministro da Justiça confirmou que nas anteriores sessões solenes comemorativas do 25 de Abril não o fez: «Não, não trouxe. Mas precisamente quis também, com esta minha atitude de hoje, mostrar que serei o primeiro a tentar acabar com o preconceito.»

«Eu próprio quis, com este exemplo, acabar com o preconceito de que o uso do cravo vermelho também tem dono. Não tem dono», reforçou.

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