O líder da distrital do Porto do PSD, Marco António Costa, considerou «indispensável» que Luís Filipe Menezes se recandidate à liderança do partido e afirmou ter recebido o incentivo de militantes e dirigentes a essa recandidatura, informa a agência Lusa.
«Seria útil. Acho que era indispensável», disse o vice-presidente da Câmara de Gaia e líder da distrital do Porto do PSD, Marco António Costa, no programa «Corredor do Poder», da RTP.
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O dirigente social-democrata sublinhou que apesar de Luís Filipe Menezes ter afirmado que não se recandidataria, «na política não há impossíveis» e disse ter recebido «dezenas de sms e de chamadas de militantes e dirigentes do partido de Norte a Sul do país» apelando a essa recandidatura.
O autarca afirmou que continua a «acreditar no projecto político» de Menezes e classificou a demissão do líder social-democrata como um «gesto de desprendimento e auto-responsabilidade».
Questionado sobre uma eventual candidatura de Pedro Passos Coelho à liderança dos sociais-democratas, Marco António Costa considerou que seria «excelente»: «Espero é que nenhum fique em casa e não arranje desculpas de última hora para ser candidato».
Para Marco António Costa, a demissão de Menezes não foi motivada pelo anúncio de José Pedro Aguiar Branco de que se candidataria à liderança do PSD, em entrevista à Visão, mas pelo «constante boicote de um conjunto de figuras e de um conjunto de factos».
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«A paz não existe com as entrevistas do doutor Pedro Aguiar Branco e do doutor António Borges», afirmou, contudo, sublinhando que os militantes sociais-democratas tem «locais próprios» para exprimir «divergências de opinião».
Segundo Marco António Costa, ao contrário do «país das figuras mediáticas», o «país real» é constituído pelos militantes e dirigentes de base «que têm uma relação de enorme confiança e de proximidade com o líder do partido».
Marco António Costa anunciou ter convocado uma comissão política distrital do Porto para sexta-feira.
Negrão também quer recandidatura
O deputado social-democrata Fernando Negrão defendeu a recandidatura de Luís Filipe Menezes à liderança do PSD, considerando que a demissão do líder social-democrata foi «um murro na mesa» para pôr fim a um «clima autofágico».
«Acho que deveria recandidatar-se porque a legitimidade foi-lhe dada por um período de tempo que está muito aquém de ter terminado», disse à Lusa o deputado social-democrata e vereador na Câmara de Lisboa Fernando Negrão.
Fernando Negrão afirmou que «por uma questão de princípio, e na lógica que assenta na importância da legitimidade», apoiará uma recandidatura de Menezes à liderança dos sociais-democratas.
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