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Menezes ataca programa «Porta 65»

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Que diz não estar de acordo «com o mercado de arrendamento»

O presidente da Câmara de Gaia, Luís Filipe Menezes, criticou este domingo o programa «Porta65» de apoio ao arrendamento jovem, considerando que o anterior «financiava de uma forma mais correcta e generosa», escreve a Lusa.

«Só rendas de casa na ordem dos 70 ou 80 contos (350/400 euros) são susceptíveis de serem financiadas. O anterior programa estava muito mais de acordo com o mercado de arrendamento», afirmou Menezes esta manhã, durante a cerimónia de entrega das chaves de 48 habitações sociais a famílias carenciadas do concelho.

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O ataque ao programa «Porta65» surgiu na sequência de outras críticas feitas à Lei das Finanças Locais, que impõe limites de endividamento.

«Lastimamos que no presente as política do Estado tenham poucas preocupações sociais», afirmou Menezes, acrescentando que Gaia, por exemplo, precisava de mais umas centenas de fogos de habitação social para dar reposta aos problemas existentes no concelho.

Dinheiro dos contribuintes

O autarca lembrou às famílias que receberam chave que foi com dinheiro dos contribuintes que se construíram estas habitações sociais, pedindo-lhes que estimem a sua casa nova.

«As casas não são do presidente, nem da Câmara, nem do Estado, são vossas e de todos aqueles que com os seus impostos as pagaram», afirmou.

O líder do PSD salientou preferir aplicar o dinheiro dos impostos dos contribuintes em equipamentos que contribuam para melhorar a qualidade de vida das pessoas, como na construção de habitação social ou saneamento básico.

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«São equipamentos construídos com dinheiro dos contribuintes, que pode ser canalizado para casas ou para desperdício, ou seja, investimentos que nada têm a ver com a necessidade dos cidadãos», sustentou.

«Opa informal»

O líder do PSD voltou a considerar «muito grave» a actual situação do BCP, afirmando tratar-se de «uma OPA informal com uma lógica político-partidária» sobre o maior banco privado português.

«Estamos claramente perante uma situação muito perigosa, em que há uma OPA [Operação Pública de Aquisição] informal com uma lógica político-partidária daquele que é o maior banco privado português», afirmou Menezes aos jornalistas esta manhã, à margem de uma cerimónia na Câmara de Gaia.

O também presidente da Câmara Municipal de Gaia disse que «somando a Caixa Geral de Depósitos ao BCP passaria a haver uma capacidade de influenciar a sociedade portuguesa impensável em democracia».

O líder social-democrata frisou, contudo, estar «preparado para tudo», acrescentando «não estranhar» se também o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, conseguir acumular um lugar no banco.

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«Também se fala na transferência de Armando Vara, já nada me espanta, se calhar o ministro das Finanças poderá acumular. Já estou preparado para tudo», disse.

Luís Filipe Menezes desafiou «todos os que têm responsabilidades políticas em Portugal a levantar a sua voz», para que seja averiguado como é que nomes como o de Santos Ferreira (presidente da Caixa Geral de Depósitos e candidato à presidência do BCP) e de Armando Vara (administrador da CGD) surgem como solução para resolver a crise do BCP.

«É uma situação muito grave e o PSD vai usar todos os instrumentos que tem ao seu alcance para averiguar qual foi o comportamento do Banco de Portugal ao longo dos anos neste processo e como é que se chegou a esta solução», frisou.

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