O social-democrata Pedro Passos Coelho afirmou esta quinta-feira que não se candidatou às últimas eleições directas para a liderança do PSD porque não queria concorrer contra o ex-presidente do partido, Luís Marques Mendes, informa a agência Lusa.
«Não me queria candidatar contra o Dr. Marques Mendes, uma pessoa que apoiei, cuja equipa integrei», afirmou Pedro Passos Coelho, que foi vice-presidente do PSD durante uma parte do mandato de Marques Mendes. Em Janeiro de 2006 deixou esse lugar, comunicando ao Conselho Nacional do PSD o seu «afastamento da actividade partidária».
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Pedro Passos Coelho sublinhou que foi ao congresso do PSD em Outubro do ano passado «dizer o que pensava, apesar de a liderança já estar definida». O ex-presidente da JSD justificou a sua intenção de se apresentar a eleições internas «quando elas acontecerem» dizendo que tem «a obrigação moral de defender as ideias, para que delas haja uma consequência política».
«Reunir uma equipa capaz e que o projecto que defendo tenha o mínimo de acolhimento», são as duas condições apontadas por Passos Coelho para ser candidato à liderança do PSD. O social-democrata disse mais uma vez que não pedirá a antecipação das eleições internas porque «os mandatos são para se cumprir» e referiu que cabe a Luís Filipe Menezes decidir quando estas se realizam.
Pedro Passos Coelho recusou-se a comentar as declarações do secretário-geral do PSD, José Ribau Esteves, que criticou esta quinta-feira os «sociais-democratas que andam sempre a apresentar candidaturas quando não há eleições por perto», dizendo que «só contribuem para que o PS, que está a governar mal, continue no Governo».
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