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Passos Coelho tem «um plano B» caso o OE seja chumbado

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«Eu tenho um plano B. Acha que o país acabava? Acha que os portugueses iam ficar sem soluções?», respondeu sobre uma eventual demissão de Sócrates

O presidente do PSD disse esta sexta-feira «um plano B» para o caso de o Orçamento do Estado para 2011 chumbar e o Governo se demitir, mas escusou-se a revelar qual é essa solução.

Questionado, durante uma conferência promovida pelo Diário Económico, sobre um cenário de chumbo do Orçamento e tendo em conta a promessa do Governo de que se demitiria nessas circunstâncias, o presidente do PSD respondeu ao director do Diário Económico, António Costa: «Eu tenho um plano B, com certeza. Imaginou que eu não tivesse um plano B? Acha que o país acabava? Acha que os portugueses iam ficar sem soluções?».

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«Com certeza que tem de haver um plano B. Agora, antes de ser claro se o Orçamento passa ou não passa, há um caminho que tem de ser percorrido, o Governo tem de dizer o que é quer fazer. Isso é indispensável para a nossa tomada de decisão também», completou.

Melhor solução era convocar eleições... mas há outras saídas

Mais tarde, Pedro Passos Coelho voltou a falar deste cenário, e defendeu que, em caso de chumbo do Orçamento e de demissão do Governo, a melhor solução seria que a Constituição não impedisse o Presidente da República de convocar eleições antecipadas, mesmo estando nos últimos seis meses do seu mandato. «Mas há outras saídas. Essa não há, mas há outras», observou, depois.

«Claro que a ideal seria sempre a das eleições. Essa é a ideal, porque é a que dá mais verdade e mais força política às soluções, mais durabilidade políticas às soluções», argumentou.

Passos Coelho reforçou a ideia de que «os países têm sempre soluções, não tenham dúvidas sobre isso», sustentando que «não é preciso uma criatividade excessiva para perceber que pode e deve haver outras soluções».

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Instado a revelar qual é a sua solução, o presidente do PSD respondeu: «Terá de esperar o seu tempo. As coisas têm o seu tempo».

Passos Coelho diz que «é público que o PSD deixou a porta aberta

Passos Coelho considerou que a viabilização do Orçamento «impedirá um colapso do nosso financiamento externo» e será «um pequeníssimo primeiro degrau de toda a escalada que vamos ter de fazer para evitar problemas maiores».

No seu entender, «a não aprovação deste Orçamento exigiria muito rapidamente um exercício que conduzisse à apresentação de um novo Orçamento».

Questionado se o Governo já entrou em contacto consigo, respondeu: «Não, comigo não. Mas é muito natural que possa haver ainda manifestação prática, concreta, da parte do Governo dessa sua intenção. Se isso acontecer, avaliaremos aquilo que o Governo vier a propor».

Pedro Passos Coelho disse a este propósito que «é público que o PSD deixou a porta aberta para que ainda fosse possível chegar a um entendimento caso o Governo reconsiderasse a sua posição» e que espera que intenção de procurar um acordo afirmada pelo Governo tenha valor.

Pedro Passos Coelho afirmou que o Governo teria o apoio do seu partido se decidisse renegociar junto da Comissão Europeia as metas que assumiu para a redução do défice.

«O Governo teria a nossa posição favorável para uma nova trajectória de médio prazo para o défice, se entendesse que isso era possível», declarou Pedro Passos Coelho. «Mas eu percebo a posição do Governo. Eu acho que só um novo Governo é que poderia renegociar essa trajectória. O actual Governo talvez já não tenha essa margem de confiança, quer em Bruxelas, quer junto dos investidores externos para o poder fazer».

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