O economias e conselheiro nacional do PSD, António Nogueira Leite, acredita que a direcção nacional do partido vai deixar passar o Orçamento, embora admita que, se não fosse a situação constitucional, «sugeriria à direcção do partido que pura e simplesmente chumbasse o OE».
Em entrevista ao «I», Nogueira Leite afirmou que «O PSD predispõe-se a deixar passar um Orçamento no qual não se revê de forma alguma, por razões que têm a ver com a situação do país no curtíssimo prazo e nas circunstâncias políticas e constitucionais especiais que vivemos neste momento».
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«Eu próprio, se não fosse a situação constitucional, sugeriria à direcção do partido a que não pertenço mas à qual devo lealdade, que pura e simplesmente chumbasse o OE», afirmou porque «noutras circunstâncias, este Orçamento seria totalmente inapresentável».
Contudo, o economista considera que na actual situação, «o interesse de Portugal pede que o PSD deixe passar o OE e que vá preparando uma clara alternativa a este Governo».
E, apesar do falhanço do processo negocial, Nogueira Leite considera que o documento será aprovado. «Em todo o caso, acho que a direcção nacional do PSD vai, no momento final, fazer aquilo que é próprio dos grandes líderes: vai pôr o interesse nacional acima do interesse do PSD e deixar passar o Orçamento», disse ao «I».
Embora admita que «é possível que, na Assembleia, se encontrem fórmulas que melhorem significativamente o Orçamento», Nogueira Leite está «convencido de que o governo não tem credibilidade interna e externa para poder levar este orçamento até ao fim» e que «é inevitável» que haja eleições antecipadas. «O PSD tem obrigação, a partir do momento é que é constitucionalmente possível, encontrar caminhos para que os portugueses sejam chamados a votar», defende.
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