O ministro dos Assuntos Parlamentares recusou a ideia de que país se encontra «numa situação insustentável de insegurança» e defendeu que Portugal «é seguro e sério».
Augusto Santos Silva respondia às críticas feitas sábado à noite pelo líder do PSD, Luís Filipe Menezes, que afirmou em Cantanhede que «a situação de insegurança no país está a atingir limites insustentáveis».
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«As pessoas têm medo de sair à rua, de deixar os filhos ir à escola e os idosos sozinhos em casa», disse Luís Filipe Menezes aos jornalistas à entrada para um jantar de homenagem aos autarcas social-democratas do concelho de Cantanhede.
O presidente do PSD lamentou que o compromisso de formar quatro mil polícias nesta legislatura não ultrapasse os 25 por cento: «Estamos numa lógica economicista pura e dura numa área fundamental para a imagem do país», afirmou.
«Numa altura em que estamos muito ocupados com questões europeias, é bom que o primeiro-ministro ganhe fôlego em Janeiro para começar a governar a sério o país», acrescentou Menezes.
Respondendo às críticas, o ministro dos Assuntos Parlamentares afirmou «que as forças de segurança são eficazes e competentes», acrescentando que a «criminalidade grave e violenta diminuiu ao longo deste ano».
Santos Silva considerou «lamentável e intolerável» o comportamento do PSD em «cavalgar questões de segurança que são muito sérias».
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«É intolerável que os partidos se aproveitem deste ou daquele crime. Todos percebemos que estas questões devem ser tratadas com responsabilidade», referiu.
«Com este Governo foi aprovada a primeira lei de programação de equipamentos e infra-estruturas das forças de segurança, o que permite o aumento dos equipamentos», salientou o governante.
Por outro lado, acrescentou, o Programa de Reestruturação da Administração Central do Estado (PRACE) e o sistema da mobilidade vão permitir que muitos efectivos que estavam em tarefas administrativas «sejam envolvidos em acções de segurança».
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